Publicado em 10 de setembro de 2020 às 13:06
A enchente foi em janeiro, mas uma família de Cachoeiro teve uma surpresa em setembro. Quase oito meses após o Rio Itapemirim subir mais de 10 metros em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, uma moradora do bairro Baiminas ainda encontrou água das fortes chuvas dentro de casa. A novidade apareceu na semana passada, quando retiraram o tampão de uma mesa de granito.
Segundo a moradora Karina Manzolli, a mesa de granito é muito pesada e precisa de várias pessoas para retirar o tampão, por isso, não havia sido deslocada desde a enchente. Quando foram mudar de lugar, na semana passada, viram que os dois pés estavam cheios de água.
Karina Manzolli
Moradora de CachoeiroAinda de acordo com Karina, a sua residência, que fica acima do nível da rua, nunca havia sido atingida pelas cheias do rio, até janeiro deste ano, quando a água alcançou 1,5 m dentro da casa.
Na verdade, estamos acostumados com as enchentes do rio e, num primeiro momento, eu não fiquei assustada, mas depois que entrou dentro da minha casa, nossa, o sentimento é inesquecível. Nunca imaginei, visto que moro aqui há 29 anos e o nível do rio sempre subiu, mas não a ponto de entrar em casa, disse.
A moradora explicou que os danos materiais causados pela enchente foram em todos os cômodos e ainda precisou esperar cerca de três meses para conseguir reformar as paredes que demoraram para secar.
Karina Manzolli
Moradora de Cachoeiro"Salvou o que era de granito, madeira de lei, e roupas que coloquei na parte de cima dos guarda-roupas. No mais, foi uma destruição total. Reformei a casa toda. Não tinha um lugar onde não tinha que mexer. Meus móveis eram todos embutidos. Sou traumatizada até hoje", finalizou Karina.
Casa atingida por enchente em Cachoeiro de Itapemirim
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