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No ES, 525 leitos destinados à Covid já migraram para outras doenças

No ES, 525 leitos destinados à Covid já migraram para outras doenças

Com a queda da demanda de pacientes com a doença, os leitos que estavam como exclusivos para infectados, agora passam a ser disponibilizados para outras enfermidades

Publicado em 18 de setembro de 2020 às 20:19

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Foram entregues 15 novos leitos semi-intensivo no Hospital Estadual Dr. Dório Silva, na Serra
Foram entregues 15 novos leitos semi-intensivo no Hospital Estadual Dr. Dório Silva, na Serra. (Giovani Pagotto/Governo-ES)

Um total de 525 leitos de UTI e enfermarias da rede pública de saúde, que estavam destinados exclusivamente para pacientes infectados pela Covid-19, estão sendo redirecionados para atender pacientes com outras doenças no Espírito Santo. Os dados constam no Painel Ocupação de Leitos Hospitalares, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), atualizados nesta sexta-feira (18).

No ES, 525 leitos destinados à Covid já migraram para outras doenças

Os leitos estão sendo destinados para tratamento de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC), traumas e infartos. O processo de reversão do perfil hospitalar da rede própria começou a ser realizado pela Secretaria Estadual de Saúde no final de julho, quando a taxa de ocupação estabilizou na casa dos 70%.

Reunindo leitos de UTI e de enfermaria, o governo do Estado já chegou a disponibilizar 1532 vagas para pacientes com coronavírus, incluindo a oferta da rede particular, filantrópica e do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, esse número está em 1007 vagas para pacientes com Covid-19 – uma diferença de 525 vagas.

Atualmente, o Estado tem 545 leitos de UTI para pacientes com Covid-19 – a taxa de ocupação está em 61,8%. Mas quando considerado todas as vagas de UTI ampliadas durante a pandemia, a taxa de ocupação é de  47%, número utilizado pelo governo para a confecção do Mapa de Risco. Esse índice dá ao Estado a possibilidade de ampliar a flexibilização das regras de convivência.  No entanto, vale lembrar que as medidas de higiene e de distanciamento social devem continuar sendo utilizadas pelas pessoas.

"É a primeira vez que chegamos a uma taxa de ocupação de leitos de UTI abaixo de 50%. Chegamos a ter um total de 715 leitos de UTI disponíveis para pacientes com Covid-19 e a uma taxa de ocupação de quase 90%. Agora, não estamos mais usando todos esses leitos, mas é o número de leitos que podemos utilizar se houver uma nova onda da doença. Estamos reservando, atualmente,  545 leitos de UTI para pacientes contaminados", enfatizou o governador Renato Casagrande em pronunciamento na tarde desta sexta-feira (18). 

O governador explicou ainda que o dado influencia diretamente na classificação de risco de contágio nas cidades capixabas. "Essa taxa menor nos permite mexer no eixo horizontal do gráfico do mapa de risco, que é a vulnerabilidade, considerada adequada a partir de agora. Combinado com as ameaças – a média móvel de óbitos, número de casos ativos dos últimos 28 dias e quantidade de testes por mil pessoas – nos permite um mapa de risco com apenas três municípios (Montanha, São José do Calçado e Ibatiba) no risco moderado e os demais (75 cidades) na classificação do risco baixo", detalhou Casagrande.

De acordo com o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, foram cerca de 7800 mil internações de pacientes confirmados com Covid-19 desde o início da pandemia no Espírito Santo, sendo que 4,3 mil receberam alta com cura da doença.

"Ao observarmos a média móvel de casos e de óbitos, percebemos que o número de casos  estão diminuindo de maneira significativa, setembro segue em queda e esperamos que em outubro teremos um número ainda menor de contaminados. Por isso, acreditamos que a doença será considerada controlada em outubro, com um número pequeno de casos e óbitos, sendo cada caso monitorado individualmente. Desse modo, cai o número de pessoas que precisam dos leitos", explicou Reblin em entrevista concedida à TV Gazeta na última quarta-feira (16). 

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