> >
Espírito Santo negocia compra da vacina da Covid-19

Espírito Santo negocia compra da vacina da Covid-19

Em uma transmissão ao vivo na internet, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, disse que o Estado assinou um acordo de confidencialidade com a indústria

Publicado em 24 de setembro de 2020 às 14:09

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Vacina
Vacina. (Danilo Verpa/Folhapress)

Espírito Santo está acompanhando o processo de produção da vacina contra o coronavírus. A informação foi dada nesta quarta-feira (23) pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante um debate sobre educação e pandemia promovido pelo Laboratório de Gestão da Educação Básica do Espírito Santo (Lagebes).

"Nós estamos falando de uma pandemia que virou endêmica e não haverá vacinas para as crianças, por exemplo. Eu estou negociando vacina com a indústria. Eu já assinei termo de confidencialidade e tenho acesso a segredos das pesquisas da vacina no mundo. Eu estou na linha de frente desse processo e digo pra vocês: não haverá vacinas para as crianças", informou o secretário durante encontro virtual realizado em parceria com a Frente Popular em Defesa do Direito à Educação.

O debate também contou com a participação de Alessandra Santos de Sousa, coordenadora administrativa do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom/sindical), e Jesem Douglas Yamall Orellana, epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Ao transmissão ao vivo foi mediada pela coordenadora do Lagebes, Gilda Cardoso. Ao longo de pouco mais de três horas de diálogos, os convidados abordaram questões relacionadas à realidade da pandemia no Brasil, analisaram a repercussão da volta às aulas no Amazonas e discutiram os dados da pandemia no Espírito Santo.

Um dos principais questionamentos estava relacionado às medidas de biossegurança e às ações que devem ser adotadas pelo governo do Estado para garantir que os alunos e profissionais que atuam na educação do Estado não sejam expostos ao risco de contágio do vírus ao retornarem às atividades presenciais.

Em uma de suas falas, Nésio destacou que se houver condições sanitárias, as aulas poderão ser retomadas no Estado a partir do mês de outubro. Ainda não há data definida para o retorna da educação infantil e do ensino médio. Já no ensino superior, os trabalhos foram autorizados desde o dia 14 deste mês.

O secretário foi enfático ao afirmar que não é possível atribuir a volta presencial à disponibilização da vacina. Segundo ele, as crianças não fazem parte da fase 3 de boa parte das vacinas que estão sendo testadas em humanos no mundo. De acordo com o secretário, estudos recentes incluíram jovens de 16 a 18 anos.

Aspas de citação

Nós estamos falando de uma pandemia que virou endêmica e não haverá vacinas para as crianças, por exemplo. Eu estou negociando vacina com a indústria. Eu já assinei termo de confidencialidade e tenho acesso a segredos das pesquisas da vacina no mundo. Eu estou na linha de frente desse processo e digo pra vocês: não haverá vacinas para as crianças

Nésfio Fernandes
Secretário de Estado da Saúde
Aspas de citação

Ainda na transmissão, o titular a pasta da Saúde destacou que a indústria mundial não tem capacidade produtiva para atender a população estimada em sete bilhões de pessoas. Na avaliação dele, levando essa tese em consideração, seria necessário aguardar cerca de dois a três até que as crianças sejam imunizadas.

“Temos de fato a possibilidade de, com a vacinação extensiva e ampla da população adulta, em especial, quem tem mais de 45 anos e comorbidades, a ter essa população imunizada. Isso vai reduzir a capacidade de contágio e força de contaminação da doença que repercute na probabilidade de crianças e jovens também serem infectados”, alerta.

SESA

A reportagem entrou em contato com o secretário e com a Sesa na manhã desta quinta-feira (24) e questionou o significado do acordo de confidencialidade, se havia previsão de entrega da vacina ou se algum valor foi investido pelo governo estadual.

"Estamos em contato com a indústria e com representantes. Participamos do debate junto com os Estados produtores e representantes", limitou-se a responder o secretário, por mensagem de texto.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais