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ES vive baixo risco de transmissão da doença, diz secretário de Saúde

ES vive baixo risco de transmissão da doença, diz secretário de Saúde

Segundo Nésio Fernandes, houve uma fase de crescimento no contágio entre setembro e 20 de outubro, mas o atual momento é de estabilização da redução de casos

Publicado em 30 de outubro de 2020 às 18:15

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O Secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em entrevista virtual
O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em entrevista virtual. (Divulgação Sesa)

O Espírito Santo vive um momento de baixo risco de transmissão do novo coronavírus, com estabilização no número de casos positivos. A avaliação é do secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes. Ele explicou, em coletiva on-line nesta sexta-feira (30), que houve um período de alta na contaminação entre setembro e o início de outubro, mas que esses números já voltaram à tendência anterior, que era de queda sustentada.

“Tivemos um aumento de casos muito perceptível entre 8 de setembro e 10 de outubro na Grande Vitória, principalmente em Vitória e Vila Velha. Depois de 10 de outubro foi seguido de nova tendência de queda, de recuperação, com redução de casos observados”, disse.

MAIS TESTAGEM E MAIOR EXPOSIÇÃO FIZERAM AUMENTAR OS CASOS

Segundo o secretário, várias fatores contribuíram com essa alta pontual. Nésio citou, por exemplo, o inquérito sorológico da educação e mudanças na estratégia de testagem, como a realização de exames em todos as pessoas com sintomas gripais.

Ele explicou ainda que, quando uma pessoa recebe resultado positivo para a Covid-19, todos os moradores daquela residência também são testados. Dessa forma, cerca de mil contaminados foram identificados.

O secretário ressaltou também a responsabilidade da população no crescimento dos casos positivos no período.

“Nós tivemos, entre 8 de setembro e 10 de outubro dias, com calor intenso, feriados e fins de semana com comportamentos sociais inadequados no contexto de pandemia, mesmo em um contexto de baixo risco”, apontou.

As classes A e B, afirmou Nésio Fernandes, se expuseram de maneira mais explícita às atividades com maior risco de transmissão e, consequentemente, foram as que mais se contaminaram.

“Existe um cansaço psicológico, um esgotamento da capacidade de manter distanciamento social praticado nos meses anteriores. Contudo, com comportamento de risco alto, as pessoas têm probabilidade maior de se infectar com a doença", analisou.

NÚMEROS VOLTARAM A CAIR

Ainda assim,  ele observou que os números voltaram a cair nas últimas semanas, colocando o Estado novamente na trajetória de queda que vinha sendo registrada anteriormente.

A análise do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE) indicou que a taxa atual de transmissão é de 0,94 no Espírito Santo. Isso significa que 100 pessoas contaminadas transmitem a Covid-19 para outras 94.

Taxa de transmissão do coronavírus no Espírito Santo
Taxa de transmissão do coronavírus no Espírito Santo. (Divulgação/NIEE)

O dado foi obtido a partir das informações coletadas no Painel Covid-19 nesta quinta-feira (29), e faz referência à semana epidemiológica do dia 16 a 23 de outubro. Na semana anterior, no dia 9 do mesmo mês, essa taxa era 0,96, ou seja, 100 pessoas com diagnóstico positivo infectavam outras 96.

Na Grande Vitória, a taxa saiu de 0,93 na semana passada para 0,89. No interior, não houve variação no período e o índice de transmissão permaneceu em 1.

Taxa de transmissão do coronavírus na Grande Vitória
Taxa de transmissão do coronavírus na Grande Vitória. (Divulgação/NIEE)
Taxa de transmissão do coronavírus no interior
Taxa de transmissão do coronavírus no interior. (Divulgação/NIEE)

O professor do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e e membro do NIEE, Etereldes Gonçalves, adianta que as análises dos dados indicam que a taxa de transmissão do Estado, que atualmente está 0,94, quando 100 pessoas infectadas transmitem o coronavírus para outras 94, deve chegar a 1 na próxima avaliação. Neste caso, 100 pessoas passariam a doença para outras 100.

“A tendência de queda virou uma tendência de estabilidade por um período bem longo, desde o início de setembro. Agora parece que em vez de apontar para tendência de descida vai apontar uma tendência de subida. Temos que aguardar, mas os dados preliminares já apontam nessa direção”, afirma.

CUIDADO COM AGLOMERAÇÕES NO FERIADO DE FINADOS

Com a aproximação de mais um feriado, o secretário lembra da importância da manutenção das medidas de prevenção contra a Covid-19, como o distanciamento social e o uso de máscara.

“O uso de máscara deve persistir, não podemos prescindir de proteger as pessoas que vivem próximas. Se for sair nas ruas, use máscara. Tenha zelo e cuidado com a vida do próximo e com a própria vida”, advertiu.

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