Repórter / [email protected]
Publicado em 23 de janeiro de 2025 às 13:52
O Espírito Santo vai receber 268.425 testes rápidos para diagnóstico de dengue na próxima semana. Ao todo, o Ministério da Saúde vai distribuir 6,5 milhões de testes rápidos em todo o país, com investimento de R$ 17,3 milhões. É a primeira vez que o Estado recebe esse tipo de exame. >
O Espírito Santo está entre os seis estados com risco de aumento na incidência de casos de dengue em 2025, conforme apontam modelagens feitas pelo InfoDengue. O principal fator que justifica o aumento previsto é a continuidade do fenômeno El Niño, que pode intensificar condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.>
Do total, serão distribuídos 4,5 milhões de testes nesta primeira remessa. Os dois milhões restantes serão utilizados como estoque estratégico para atender as localidades que possam apresentar acréscimo no número de casos e que necessitem de uma resposta rápida no diagnóstico. O processo de aquisição dos testes rápidos foi iniciado em 2024.>
O teste rápido é uma terceira opção para o diagnóstico de dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo da medida é ampliar a identificação precoce dos casos, especialmente em municípios distantes e com acesso limitado a serviços laboratoriais. >
>
A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para saber quando começam a distribuição dos kits para os municípios capixabas e quanto cada cidade vai receber. A pasta informou que aguarda publicação de Nota Técnica do Ministério da Saúde estabelecendo os critérios de uso e distribuição dos testes. >
De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, os testes rápidos serão complementares às estratégias já existentes para controle do vetor. Esse teste detecta a presença do vírus da dengue, mas sem identificar o sorotipo. >
O SUS já conta com os exames de biologia molecular e o teste sorológico, ambos disponíveis nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). “Não podemos esquecer a importância da manutenção da coleta das amostras para a vigilância epidemiológica, uma vez que o teste rápido não diferencia os sorotipos da dengue e nem outras arboviroses, como zika e chikungunya”, acrescenta.>
Ethel reforça que o uso dos testes rápidos será complementar às estratégias já existentes para controle do vetor, além da vacinação, e destaca a necessidade de os municípios seguirem os protocolos de coleta e envio de amostras para análise laboratorial, fundamental para saber onde há maior circulação de cada sorotipo do vírus.>
Dados do último boletim epidemiológico de dengue, divulgado nesta quinta-feira (23) pela Sesa, mostram que foram notificados 11.558 casos prováveis (casos confirmados e em investigação) de dengue no Espírito Santo, sendo 2.191 casos confirmados, com incidência de 301,48 casos por 100 mil habitantes. >
Na última semana epidemiológica, do dia 12 a 18 de janeiro, foram registrados 3.815 casos prováveis de dengue e 648 casos confirmados. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta