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ES tem 5 crianças com síndrome rara que pode ter relação com a Covid-19

ES tem 5 crianças com síndrome rara que pode ter relação com a Covid-19

A Sesa informou que o primeiro caso confirmado no Estado foi no dia 26 de junho e uma ocorrência da síndrome ainda está em investigação

Publicado em 21 de agosto de 2020 às 19:51

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Sesa, Secretaria de Estado da Saúde
Fachada da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). (Fernando Madeira)

Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) afirmou que existem cinco casos confirmados no Espírito Santo de crianças com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), uma condição infantil rara que pode estar associada à Covid-19. Segundo a pasta, o primeiro caso foi confirmado no dia 26 de junho e ainda há uma ocorrência em investigação.

ES tem 5 crianças com síndrome rara que pode ter relação com a Covid-19

Febre, dor de garganta, conjuntivite, manchas no corpo, vermelhidão nas solas dos pés e nas palmas das mãos estão entre os sintomas relatados da SIM-P. A principal complicação da síndrome são aneurismas na artéria coronária, que pode levar à morte se não for tratada de forma adequada. A condição afeta pessoas de 0 a 19 anos de idade. O Brasil monitora casos em crianças e adolescentes, entre sete meses e 16 anos, para identificar se a síndrome pode estar relacionada à Covid-19.

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas da SIM-P se aproximam da Síndrome de Kawasaki, outra condição rara que causa inflamações por todo o corpo, afetando principalmente os vasos coronarianos e que também pode estar associada ao coronavírus. O Espírito Santo, inclusive, teve um caso notificado da Síndrome de Kawasaki, em uma menina de 3 anos.

A maioria dos casos conhecidos da SIM-P estão relacionados com o coronavírus, mas não há evidências de causa e efeito. O que se observa é uma relação temporal; a síndrome é identificada em pacientes semanas após a infecção pela Covid-19, mesmo com uma boa recuperação.

TRATAMENTO NO ES

O tratamento da condição, segundo a Sesa, é feito por meio de suporte intensivo, administração de Imunoglobulina e ácido acetilsalicílico — a aspirina. Os casos mais graves são tratados com corticoide. A pasta alegou também que a reumatologia acompanha todos os casos e, na alta hospitalar, repassa as orientações para seguimento ambulatorial.

A Sesa informou que os casos são monitorados pelo Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, e que não houve nenhuma morte em decorrência da síndrome no Estado. A notificação dos casos é realizada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar/Unidade de Vigilância Epidemiológica (CCIH/UVE).

ESTADOS CRIAM GRUPO DE ESTUDO DA SÍNDROME

Casos da síndrome já foram identificados em pelo menos 14 Estados e no Distrito Federal, por isso, foi criado um grupo de estudo, investigação e monitoramento da condição. Conforme levantamento feito pelo Estadão com as secretarias estaduais da Saúde, o Brasil contabiliza 144 pessoas identificadas com a SIM-P e nove mortes em decorrência da síndrome, sendo que duas estão em investigação. A relação com o coronavírus ainda está em estudo.

A Sesa explicou que, até o momento, não há equipes do Espírito Santo participando de pesquisas relacionadas à doença, mas todos os casos suspeitos ou confirmados são notificados ao Ministério da Saúde.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até julho, 71 casos foram registrados em quatro estados, sendo: 29 no estado do Ceará, 22 no Rio de Janeiro, 18 no Pará e 2 no Piauí, além de três óbitos no estado do Rio de Janeiro.

A maioria dos casos relatados apresentou exames laboratoriais que indicaram infecção atual ou recente pelo SARS-CoV-2 (por biologia molecular ou sorologia) ou vínculo epidemiológico com caso confirmado de Covid-19. Embora esses casos descritos apontem para uma possível relação de uma nova característica da Covid-19 em crianças e adolescentes, cabe ressaltar que estas ocorrências foram raras até o momento, frente ao grande número de casos com boa evolução da doença entre crianças e adolescentes.

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