Publicado em 12 de maio de 2020 às 20:06
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) estima a abertura de 191 leitos de UTI até o final do mês na rede pública - 172 especificamente para atendimento a pacientes com o novo coronavírus - mas a liberação das vagas depende do fornecimento de respiradores. O governo conseguiu efetuar a compra de equipamentos, porém a previsão de entrega ainda em maio é em quantidade inferior. O cenário muda caso o Ministério da Saúde faça o fornecimento das 300 unidades programadas para o Espírito Santo. >
Numa parceria com a Câmara de Comércio Brasil-Itália, que ajudou na intermediação, o Estado adquiriu 250 respiradores de fabricante italiano. Desses, segundo o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, a programação de entrega é de 60 para maio, 90 na primeira quinzena de junho e mais 100 em julho. >
No Brasil, a Sesa efetuou ainda a compra de outros 110 respiradores para UTIs, dos quais 50 foram entregues e o restante tem cronograma também até julho. Agora em maio, serão apenas seis. O Hospital Dr Jayme Santos Neves, na Serra, por ser administrado por uma Organização Social (OS) realiza aquisições à parte: dos 99 equipamentos comprados, ainda falta o fornecimento de 29, cujo prazo final de entrega é o próximo dia 19. >
Nos hospitais particulares, dos quais a Sesa tem comprado leitos de UTI para o SUS, a responsabilidade de aquisição de respiradores é da própria unidade privada, aponta Nésio Fernandes. >
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Para a rede pública ou particular, a dificuldade é que a demanda pelos equipamentos é alta em todo o mundo, e o tempo para o fornecimento acaba sendo maior que a necessidade do sistema de saúde. O plano de expansão de leitos de UTI no Espírito Santo depende, em boa medida, da aquisição de respiradores.>
As vagas na terapia intensiva são destinadas aos pacientes que apresentam quadro clínico grave da Covid-19, em que uma das características é a dificuldade de respirar. >
Por essa razão, reforça Nésio Fernandes, é fundamental o fornecimento de 300 respiradores por parte do Ministério da Saúde, cujo pedido do Estado foi feito há quase um mês, quando à frente da pasta ainda estava Luiz Henrique Mandetta. "Já fizemos aquisições, mas os equipamentos do governo federal continuam indispensáveis para atender a demanda crescente", finaliza o secretário. >
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