Estagiário / lucas.gaviorno@redegazeta.com.br
Publicado em 17 de julho de 2025 às 18:35
- Atualizado há um mês
Nas redes sociais, diversos internautas utilizam da criatividade para ganhar 'likes', guardar fotos e vídeos, ou até mesmo vender um produto. Este foi o caso do empresário do ramo alimentício Wanderson Silva Carvalho, mais conhecido como Vandinho, morador de Serra Sede, na Grande Vitória, que decidiu gravar um vídeo inusitado. Para vender alavancar as vendas do próprio negócio, ele optou em ousar: entrou em uma caixa d'água e despejou mais de 600 caranguejos, espécie de crustáceo que ele vende.
Os "carangas", que evidentemente estavam vivos, começaram a andar pela caixa d'água e sobem pelo corpo e roupa do empresário. Ele, inclusive, foi "atacado" com diversos beliscões e espetadas. De uma maneira descontraída, ele contou que, logo após serem colocados no local, os animais se acalmaram. "Levei vários beliscões, várias espetadas daquelas unhas do caranguejo. Chegou a furar no início, depois eles acalmaram e deu para sair da caixa tranquilo".
Vandinho conversou com a reportagem, contando detalhes sobre o vídeo publicado. Ele disse que a ideia surgiu ainda durante a pandemia, quando diversos bares e restaurantes estavam fechados. Para se reinventar, o empresário pensou em publicar vídeos nas redes sociais para que o produto fosse vendido na época.
Foi neste mesmo período que Vandinho gravou pela primeira vez. De lá para cá, ele já postou mais vezes, sendo o vídeo da 'piscina de caranguejos' o mais recente.
"Na época da pandemia, os bares estavam proibidos de funcionar. Depois dela, o movimento dos bares foi voltando aos poucos, e aí com as contas para pagar, tive essa ilustre ideia de entrar em uma caixa com caranguejos para chamar a atenção, atrair o público e fazer voltar a dar o movimento ao bar. Na época deu super certo. Agora eu repeti a dose e está dando muito certo de novo", contou Vandinho.
O vídeo, publicado no dia 9 de julho, tinha como objetivo atrair os internautas e seguidores de toda a Região Metropolitana de Grande Vitória. E a meta foi alcançada, com uma grande repercussão, chegando em perfis maiores do Espírito Santo e de fora.
Por isso, ele pretende também levar o produto para outros Estados, com encomendas para cidades de Minas Gerais, por exemplo. Além disso, pessoas de Bahia e São Paulo já mandaram mensagem para ele via WhatsApp, e por conta disso o estoque foi zerado na última semana por conta da demanda crescente.
Vandinho explicou que antes atuava como produtor de eventos, mas devido aos problemas da vida, ele precisou abandonar a carreira, e decidiu abrir um bar com churrasquinhos no bairro onde mora.
A proposta do churrasquinho acabou não dando certo, mas durante uma conversa com um amigo, surgiu a ideia de vender o crustáceo no bar, o que viria a se transformar no carro-chefe do negócio.
"Abri um bar na garagem de casa e botei um churrasquinho. A minha rua era muito parada, não tinha fluxo de gente passando e aqui não deu muito certo. E aí um amigo meu me deu a ideia dos caranguejos"
Para ele, os melhores caranguejos são os amarelos, que, quando pré-cozidos, ficam com a coloração avermelhada. Os bichos de Canavieiras (Bahia) também são considerados os melhores devido à combinação de fatores, como a riqueza dos manguezais da região e a qualidade da carne do crustáceo.
O empresário vende caranguejos pré-cozidos e explicou como funciona o processo, desde a procura dos animais até a embalagem. Ele contou que tudo é feito de forma artesanal, fazendo uma triagem dos caranguejos que chegam da Bahia.
"Após ser feita a seleção, os animais são lavados, e depois pré-cozidos. Após fazer o cozimento, eles são lavados novamente e depois vão para a secagem e embalagem a vácuo. O caranguejo pré-cozido pode ser armazenado por três meses no congelador. "Não perde a qualidade da forma que preparo", garante Vandinho.
Após a postagem nas redes sociais, o vídeo acabou viralizando, com cerca de 80 mil curtidas e 5 mil comentários. Além disso, a conta oficial do negócio do empresário já passa do 30 mil seguidores.
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