Repórter / vzagoto@redegazeta.com.br
Publicado em 19 de abril de 2025 às 20:02
A menina de sete anos que sobreviveu ao desabamento da casa onde morava no bairro Areinha, em Viana, na noite de sexta-feira (18), ligou para a irmã mais velha quando estava sob os escombros. Familiares relataram que Jasmin Nunes estava no sofá quando a residência desabou, e o móvel virou, ficando por cima dela, servindo como uma proteção. Nesse momento, a criança fez a ligação. Os pais dela, José Antônio Nunes, de 56 anos, e Joelma de Souza Ferreira, 48 anos, morreram no local.
Um vizinho que participou do resgate contou à reportagem da TV Gazeta, neste sábado (19), que ouviu quando Jasmin ligou para a irmã, Juliana Nunes, de 26 anos. A menina pediu socorro durante a ligação, segundo ele. A criança foi resgatada apenas com escoriações leves, recebeu atendimento médico e foi levada para a casa de parentes. Juliana não estava na residência porque tinha saído com o namorado, e ela retornou para casa cinco minutos após o desabamento acontecer.
"A menina que estava ali, a pequena Jasmin, conseguiu ligar para a irmã mais velha. Acredito eu que a mãe ainda estava consciente, conseguiu passar o telefone para a menina. Falou para a gente onde ela estava mais ou menos e eu consegui ouvir o grito da menina, que a menina estava gritando. Coisa de cinco minutos depois o bombeiro chegou. Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegaram juntos e conseguimos resgatar a menina", contou o vizinho Ruan Pablo Bragança ao repórter João Brito, da TV Gazeta.
As irmãs Jasmin e Juliana moravam no local com os pais, José Antônio e Joelma – que viviam no imóvel havia cerca de 30 anos. Segundo informações de parentes, a casa vinha há um tempo dando sinais de que estava em risco.
Técnicos da Defesa Civil Municipal foram até o local e constataram que não há risco para outras estruturas próximas, mas orientaram os moradores da casa ao lado para entrarem em contato, caso notem alguma mudança no imóvel.
Em nota, a Prefeitura de Viana disse que, antes do desabamento, a casa já apresentava sinais de comprometimento na estrutura e um familiar teria alertado os moradores sobre os riscos, chegando a recomendar que procurassem a Defesa Civil.
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