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Covid-19: por quanto tempo alguém com Ômicron transmite o vírus?

Covid-19: por quanto tempo alguém com Ômicron transmite o vírus?

Embora ainda existam poucos estudos sobre a nova cepa, já é de conhecimento que é mais contagiosa e tem um período de incubação mais curto do que variantes anteriores

Publicado em 5 de fevereiro de 2022 às 16:14

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Uso de máscara de proteção contra o coronavírus
Uso de máscara de proteção contra o coronavírus é indispensável. (Carlos Alberto Silva)
Vinícius Brandão
Estagiário / [email protected]

Muitos países estão vendo um aumento drástico no número de casos de Covid-19, impulsionados pela nova variante Ômicron, e no Brasil não é diferente. Desde o anúncio da descoberta desta nova linhagem do coronavírus, o interesse sobre o assunto disparou.

De acordo com a doutora em Epidemiologia e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ethel Maciel, embora ainda existam poucos estudos sobre a nova cepa, o que se viu até agora é que ela é mais contagiosa e tem um período de incubação mais curto do que as variantes anteriores. O que fez com que países reduzissem o tempo de isolamento.  

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    A incubação é o tempo que passa desde a exposição ao vírus até o aparecimento dos sintomas. Segundo estudos, com as primeiras variantes do coronavírus, os sintomas geralmente apareciam cinco ou seis dias após a infecção. Com a variante delta, apareciam geralmente em quatro dias. Conforme o que se sabe até agora, com a Ômicron, o período de incubação é de dois a três dias.

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No Brasil, o Ministério da Saúde decidiu reduzir de dez para sete dias o período recomendado de isolamento para pacientes com Covid-19. Caso no quinto dia o paciente não tenha mais nenhum sintoma respiratório, não apresente febre e esteja há 24 horas sem usar medicamento antitérmico, ele pode fazer um teste rápido de Covid-19. Se o teste der negativo para o vírus, ele também está liberado.

No entanto, se o teste der positivo, o paciente deve aguardar até o fim dos dez dias de isolamento. Para quem chegou ao sétimo dia e ainda tiver com sintomas do vírus, a recomendação é manter o isolamento, no mínimo, até o décimo dia e sair apenas quando os sintomas acabarem.

Segundo o doutor em Imunologia e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Daniel Gomes,  o período mais infeccioso da pessoa contaminada, época em que ela está mais propensa a transmitir a doença, é no inicio da infecção. "Em média o pico da carga viral é entre 3 e 5 dias. E a partir do quinto dia existe um declínio dessa carga viral."

MAIS PERGUNTAS A RESPEITO DA ÔMICRON

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    De acordo com o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, a prática apropriada de isolamento para a redução de riscos considera o dia zero como o dia em que os sintomas aparecem, mesmo se já houver resultado positivo antes do início dos sintomas. O dia um é o primeiro dia completo após o início dos sintomas. Se a pessoa não apresentar sintomas, o dia um passa a ser o primeiro dia completo após o resultado positivo do teste.

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    O número de reprodução básica do vírus, ou seja, quantas pessoas são infectadas através de um hospedeiro, é de cerca de três. Essa quantidade, porém, varia de pessoa para pessoa. Alguns pacientes podem transmitir o vírus mais facilmente para outros indivíduos.

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    Com a Ômicron, acredita-se que a infecção assintomática ocorra de forma semelhante à infecção com sintomas, como acontece nos casos de outras variantes. No entanto, ainda não há dados suficientes sobre a Õmicron especificamente.

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Especialistas observam que uma pessoa que testou positivo para Covid-19, mas nunca desenvolveu sintomas, provavelmente não será mais contagiosa após 10 dias.

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    Pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA Network Open) descobriu que quase uma em cada quatro infecções pode ser transmitida por pessoas com infecções assintomáticas.

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Cientistas acreditam que a proporção de transmissão assintomática parece ser ainda maior com a variante Ômicron. É mais provável que a infecção seja transmitida por pessoas sem sintomas, pois elas não se isolaram e não adotaram comportamentos para impedir a propagação do vírus.

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