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Covid-19 pode ocorrer de forma simultânea com dengue ou chikungunya

Covid-19 pode ocorrer de forma simultânea com dengue ou chikungunya

A informação, divulgada pela Sesa nesta terça-feira (12), liga um sinal de alerta para as autoridades de vigilância epidemiológica do Espírito Santo

Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 16:36- Atualizado há 3 anos

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Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, vírus zika e chikungunya
O mosquito aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya. (Divulgação)

A descoberta da Secretaria do Estado de Saúde (Sesa) de que o novo coronavírus já infectava pessoas no Espírito Santo desde dezembro de 2019 ligou um alerta para a saúde pública estadual. Isso porque os anticorpos foram encontrados em amostras de sengue de pessoas infectadas pela dengue e chikungunya, que possuem sintomas semelhantes aos da Covid-19.

Para a pós-doutora em epidemiologia, Ethel Maciel, isso significa que pessoas podem ter contraído ao mesmo tempo a Covid-19 e a dengue ou chikungunya. A epidemiologista ressaltou que o pico dos casos das doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti acontecem durante o verão e, a partir disso, as autoridades de vigilância epidemiológica devem realizar todos os exames em pacientes que apresentarem os sintomas comuns às três doenças, como febre, dores no corpo e dores de cabeça.

"Muda a vigilância epidemiológica. Geralmente é verão quando a gente tem picos de dengue e chikungunya. Agora esse é um alerta para todos os serviços de saúde que uma doença pode mascarar a outra. Se o médico ou a médica na unidade de saúde estiver fazendo o exame e achar que é dengue ou chikungunya, mas tem uma apresentação diferente, vai ser importante pedir todos os exames, para saber se a pessoa está só com um vírus ou se está infectada com mais de um vírus", disse a epidemiologista, em entrevista para a repórter Patrícia Valim, da Rádio CBN Vitória.

Covid-19 pode ocorrer de forma simultânea com dengue ou chikungunya

CASOS MAIS GRAVES

Ethel também ressaltou que a descoberta da Sesa pode explicar casos em que pessoas infectadas pela dengue ou chikungunya tiveram evoluções mais graves das doenças, já que, segundo ela, uma combinação de viroses pode fazer com que o paciente não responda a um tratamento específico que foi indicado, por exemplo. 

Essa combinação de virose pode já ter acontecido em outros lugares, mas a complexidade dos testes dificulta a identificação rápida da presença dos dois vírus no organismo humano.

"Isso pode ser responsável por um desfecho pior da doença, por uma gravidade, por essa pessoa não responder a um tratamento que foi indicado. Então, isso é importante para que os profissionais de saúde possam entender que nós já tínhamos esse vírus antes e que isso pode agravar o estado de saúde se você tem uma combinação de viroses", disse Ethel. 

Com a possibilidade de infecção pelas duas doenças, Ethel reiterou que os cuidados com a prevenção da proliferação do mosquito aedes aegypti - vetor de transmissão da dengue, chikungunya e zika -  devem ser redobrados. 

O agente transmissor deixa ovos em latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água sem cobertura, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água. 

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