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Covid-19 no sistema prisional do ES cresce quase 5 vezes em um mês

Covid-19 no sistema prisional do ES cresce quase 5 vezes em um mês

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Justiça e pelo Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), nessa terça-feira (16)

Publicado em 17 de junho de 2020 às 17:00

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Presídio do Espírito Santo
Crescimento de casos de Covid-19 no sistema prisional do ES preocupa. (Reprodução/ TV Gazeta)

Mais de 112 detentos do sistema penal e 11 adolescentes do sistema socioeducativo do Espírito Santo já testaram positivo para Covid-19. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Justiça (Sejus) e pelo Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) nessa terça-feira (16).

De acordo com informações da Sejus, desde o início da pandemia até agora, 261 pessoas entre presos e servidores testaram positivo e quatro pessoas morreram com Covid-19. O número de casos é quase cinco vezes maior que o registrado há um mês.

A secretaria informou que dos 112 detentos que testaram positivo, 87 estão curados, 23 ainda estão doentes e dois morreram.

Já entre os adolescentes internos no Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), 11  tiveram o teste positivo para o vírus. Seis estão curados e já voltaram ao convívio social e os outros cinco estão em isolamento dentro da unidade, recebendo cuidados médicos.

Entre os servidores que atuam no Iases, 70 casos tiveram a confirmação do coronavírus. Dos infectados, 36 estão curados e já voltaram ao trabalho, 31 estão em isolamento domiciliar, dois estão hospitalizados e um morreu.

Complexo penitenciário no ES
Complexo penitenciário no ES. (Reprodução/ TV Gazeta)

AUMENTO

Há um mês, entre servidores e presos, eram 53 pessoas com a doença no sistema carcerário (45 detentos e oito servidores) e 23 casos no Iases.

Para conter o avanço da doença, a Sejus e o Iases tomaram medidas de isolamento e sanitárias.

O secretário de Estado da Justiça, Luiz Carlos de Carvalho Cruz, explicou que o aumento de casos entre servidores e detentos é reflexo do crescimento da doença no Estado, visto que o sistema carcerário não é isolado da sociedade e que os profissionais que atuam, tanto na segurança, quanto na saúde dos presos, circulam fora da unidade.

Sobre os detentos com suspeita da doença, o secretário de Justiça informou que eles são colocados em isolamento dentro da própria unidade prisional e testados.

Depois do resultado, os que têm confirmação de Covid-19 são passados para um outro setor de isolamento.

“O fator de risco é a relação que ele tem, o grau de contato com o próprio profissional de saúde que dá assistência dentro da unidade prisional. Todos esses profissionais, que têm vida fora da unidade prisional, podem ser um vetor de contágio. Por isso, temos que ter essa preocupação e diminuir a interação”, disse o secretário.

Além das medidas entre os presos que apresentam os sintomas, a Sejus também reduziu o número de pessoas que circulam nas unidades e vetou visitas sociais e religiosas.

Os presos que tinham empregos externos tiveram a atividade suspensa. A secretaria também está confeccionando máscaras para as 35 unidades prisionais.

Com o salto de 23 para 81 casos em um mês, o Iases mudou vários procedimentos para garantir a saúde dos profissionais e dos internos, como a medição de temperatura de quem chega para o trabalho e a suspensão das visitas aos adolescentes.

“Por causa das visitas suspensas, fizemos a intensificação de videochamadas. Compramos EPIs como luvas, óculos, aventais e máscaras. Todos os adolescentes que ingressam no nosso sistema nesse período ficam em quarentena por 14 dias”, explicou o diretor de estratégia do Iases, Fábio Modesto de Amorim Filho.

Servidores do Iases fazem verificação de temperatura durante pandemia de coronavírus
Servidores do Iases fazem verificação de temperatura durante pandemia de coronavírus. (Divulgação/ Iases)

DETENTOS AFASTADOS

A secretaria de Justiça também informou que 500 detentos estão em prisão domiciliar monitorada por estarem no grupo de risco da doença.

A medida atende uma orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o secretário, quando as medidas de isolamento social acabarem, a prisão domiciliar será revista por um juiz.

Com informações do G1 ES

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