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Covid-19 no ES: mortes crescem 25% na primeira quinzena de outubro

Covid-19 no ES: mortes crescem 25% na primeira quinzena de outubro

Nos primeiros 15 dias deste mês, 180 óbitos foram registrados — um aumento de 25,8%, com 37 mortes a mais, em relação às 143 registradas no mesmo período de setembro.

Publicado em 15 de outubro de 2021 às 21:06

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Economia do ES começa a se recuperar após a crise causada pelo coronavírus
Coronavírus: ES registrou, na primeira quinzena de outubro, 37 mortes a mais que o mesmo período de setembro . (Stock/Adobe)

Ao contrário da primeira quinzena de setembro, as mortes causadas pela Covid-19 apresentaram uma alta no Espírito Santo no mesmo período de outubro. Nos primeiros 15 dias deste mês, 180 óbitos foram registrados — um aumento de 25,8%, com 37 mortes a mais, em relação às 143 registradas no mesmo período de setembro.

Em entrevista à reportagem de A Gazeta, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, afirma que análises mostram que o aumento aconteceu por conta de três características da pandemia no Estado neste mês:

  • A variante Delta assumiu a predominância;
  • A retomada das atividades econômicas e sociais, incluindo feriado prolongado com intensas manifestações de rua;
  • O percentual de vacinação insuficiente para sustentar a continuidade da queda.

Coletiva de imprensa com o Governador Renato Casagrande e os secretários, Nésio Fernandes, da Saúde e Rogelio Amorim, da Fazenda
Secretário da Saúde, Nésio Fernandes, disse que três fatores influenciaram no aumento de mortes pela Covid-19 na primeira quinzena de outubro . (Fernando Madeira)

O secretário explica que, devido a esses três fatores o Estado passou a ter a interrupção da queda de mortes, com o aumento da média de óbitos por semana. Segundo ele, existe um fator sobre a Covid-19 que não é consenso: a sazonalidade.

"No ano passado tivemos uma nova onda neste período, associada ao aumento da testagem e à retomada. Mas foi somente de outubro para novembro que os óbitos e as internações cresceram e desenharam uma segunda onda", explicou.

VARIANTE DELTA É PREDOMINANTE

De acordo com Nésio Fernandes, aconteceu na primeira quinzena de setembro o que pode ser interpretada como uma nova média de comportamento, não uma nova onda da doença. "Não foi um comportamento contínuo. Com o avanço da vacinação, vamos ter a continuidade da queda. Em setembro, aconteceu o fenômeno da hegemonização da (variante) Delta no Estado", explicou.

O secretário afirma que, das amostras colhidas em testes e enviadas ao laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para análise,  quase 100% eram da variante Delta. Segundo especialistas, essa cepa é mais transmissível, tem maior carga viral e apresenta mais resistência ao sistema imunológico.

MOMENTOS SAZONAIS

À reportagem de A Gazeta, o secretário de Estado da Saúde explica que um dos cenários possíveis é reconhecer que a Covid-19 poderá ter dois momentos sazonais, ou seja, oscilações poderão acontecer em períodos específicos.

"Um pode ser nesta época e outro em março e abril. Ainda é cedo para afirmar, mas precisamos reconhecer que é um comportamento que se repete na mesma época", destaca.

Para identificar o padrão de comportamento endêmico da doença, o secretário afirma que será necessário aguardar a plena cobertura vacinal, mas ele lembra que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mantém o alerta epidemiológico emitido em agosto.

"Esperamos nova continuidade da queda ao alcançar as metas do risco muito baixo em todo o Estado e ao avançar na vacinação das crianças no final deste ano e no início do próximo ano, quem sabe, já estaremos com vacinas autorizadas pela Anvisa para idades abaixo de 12 anos", acrescenta Nésio Fernandes.

NÚMERO DE CASOS TAMBÉM CRESCEU

Outro índice que cresceu em outubro no Espírito Santo em relação ao mesmo período de setembro foi o número de casos confirmados do novo coronavírus. Na primeira quinzena do mês passado, foram registrados 10.856 casos confirmados da doença.

Já nos 15 primeiros dias de outubro, o Estado registrou 11.317 casos confirmados da doença, um aumento de 4,24% em relação a setembro. Segundo Nésio Fernandes, a testagem à livre demanda melhora a observação dos casos.

"Mudamos o critério de testagem e agora testamos à livre demanda. Isso melhora a observação dos casos. São mais vacinas, mais testes e mais exposição. Por isso, o aumento dos casos. As vacinas seguram os óbitos, por isso devemos apostar nelas", conclui o secretário de Estado da Saúde.

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