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Coronavírus: o que muda na nova matriz de risco do ES?

Coronavírus: o que muda na nova matriz de risco do ES?

A matriz de risco é a base das tomadas de decisões dos governos estadual e municipais acerca de controle do contágio do novo coronavírus. As ações municipais terão ainda mais peso na convivência com a pandemia

Publicado em 26 de agosto de 2020 às 20:48

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No bairro Glória, em Vila Velha, é possível ver pessoas atendendo a determinação do governo de usar máscara de proteção contra o coronavírus
No bairro Glória, em Vila Velha, é possível ver pessoas atendendo a determinação do governo de usar máscara de proteção contra o coronavírus. (Carlos Alberto Silva)

Uma nova matriz de risco para lidar com a disseminação do novo coronavírus vai começar a ser utilizada pelos governos municipais e estadual do Espírito Santo para servir de referência na tomada de medidas públicas neste momento da pandemia. O anúncio foi realizado na tarde desta quarta-feira (26)  durante coletiva do governador Renato Casagrande.

Coronavírus o que muda na nova matriz de risco do ES

Desde o mês de abril, o Governo Estadual trabalha com uma matriz de risco,  criada pela Sala de Situação e  formada por especialistas de diferentes áreas, para indicar medidas qualificadas de atuação para conter a disseminação do vírus. Até então eram considerados vetores como letalidade, porcentagem da população idosa, número de casos confirmados de pessoas contaminadas e taxa de ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). 

Diferentemente do formato anterior, a nova matriz de risco visa manter a convivência com a pandemia e começará a ser utilizada na próxima segunda-feira (31).

Para apontar a classificação no grau de risco baixo, moderado, alto e extremo de cada município, serão avaliados dois eixos.  Um deles será o eixo vulnerabilidade, que contará a taxa de ocupação de leitos estaduais destinados a pacientes com Covid-19, atualmente em 61% dos leitos em potencial. O outro, eixo ameaça, contará com dados municipais de três indicadores: 

  • número de casos ativos nos últimos 28 dias; 
  • testagem por mil habitantes;
  • média móvel de mortos nos últimos 14 dias;

Os dois primeiros itens terão peso de 30% e a média móvel de mortes terá 40% de peso para o cálculo da média ponderada. Juntando os dois eixos, será realizado o mapa de risco de convivência de cada cidade. 

"O eixo ameaça nos dará uma proximidade da atual situação de cada município. O objetivo é salvar vidas desde o primeiro momento da pandemia, por isso buscamos reduzir óbitos. Estamos reduzindo, mas ainda lentamente, queremos dar velocidade a essa queda", explicou Renato Casagrande. 

A nova matriz de risco será apresentada para os prefeitos nesta quinta-feira (27), às 15 horas. Casagrande explicou que cada um desses indicadores são pontos que a gestão municipal pode atuar diretamente, por exemplo, ao isolar casos ativos, dar atenção e acompanhamento às pessoas contaminadas e fazer o primeiro atendimento ao doente, além de testar mais pessoas.

"A atuação dos grupos de gestão da Covid-19 montados em cada município podem interferir diretamente no grau de risco da sua cidade. Quanto mais precoce e mais próximo o atendimento à pessoa contaminada, vamos reduzindo o número de óbitos. É um trabalho de todos nós, em especial de cada município", pontuou o governador. 

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