Publicado em 23 de outubro de 2020 às 13:45
O Espírito Santo já perdeu 3.767 vidas para a pandemia do novo coronavírus. Do total de mortes contabilizadas até quarta-feira (22), 1.127 foram de pessoas que não tinham comorbidades. Em outras palavras, a cada três óbitos registrados no Estado, um foi de paciente que era considerado saudável antes de contrair o vírus. Os dados são do Painel Covid-19, da Secretaria de Saúde.>
É a proporção de pessoas que morreram em decorrência da Covid-19 e que não tinham comorbidade
A Secretaria de Estado da Saúde considera comorbidades as doenças cardíacas, renais, diabetes e problemas pulmonares, além de fatores como obesidade e tabagismo. As deficiências relacionadas ao coração e o diabetes seguem sendo os mais graves, se considerado o perfil das mortes na pandemia. >
Vale ressaltar que dos 1.127 óbitos entre aqueles que eram considerados saudáveis, 348 ocorreram em indivíduos com menos de 60 anos. Ou seja, pessoas que nem mesmo integravam o grupo risco para a Covid-19, já que os idosos também têm maior tendência de evoluir para casos graves da doença.>
Doutora em epidemiologista, Ethel Maciel garante que a proporção de 30% é maior que a verificada em outros lugares. "Ainda não sabemos por qual motivo isso está acontecendo. Pode ser por uma associação com alguma doença, sejam elas respiratórias ou arboviroses, como a chikungunya e a dengue", disse. >
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Ethel Maciel
Doutora em epidemiologiaO médico infectologista Crispim Cerutti Júnior também acredita que a frequência seja superior à esperada. "A expectativa é que tivéssemos uma proporção menor, mas um evento que é pouco frequente se torna numeroso à medida que a exposição da categoria é alta".>
"Acho que essa proporção deve aumentar, principalmente porque a adesão aos cuidados e ao distanciamento social das pessoas mais jovens não tem se mostrado crescente. Temos um grande contingente de jovens se expondo, que estão ignorando as medidas progressivamente", finalizou.>
Dados sobre a doença no Estado mostram que 148.055 pessoas tiveram diagnóstico positivo desde o início da pandemia. Destas, 3.767 morreram e 136.530 estão curados. A taxa de letalidade da doença por permanece em 2,5%. >
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