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Coronavírus matou 12 pessoas no ES que não eram do grupo de risco

Coronavírus matou 12 pessoas no ES que não eram do grupo de risco

Segundo o infectologista Crispim Cerutti Junior, o isolamento social ainda é o mais importante meio de evitar a propagação da doença

Publicado em 4 de maio de 2020 às 14:42

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Arte covid-19 para capa do site
Número de pacientes com Covid-19 vem aumentando no Espírito Santo. (Divulgação )

Embora pessoas idosas e com comorbidade tenham maior risco de morrer de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, a morte da população com até 59 anos e sem nenhuma patologia também é uma realidade. No Espírito Santo, 12 vítimas não apresentavam nenhum fator de risco.

O Espírito Santo já registrou 115 mortes por Covid-19 até domingo (3). Destas, 29 (25,2%) eram de pessoas com até 59 anos, sendo 12 (10,4%) sem nenhuma comorbidade, 14 (12,1%) com alguma comorbidade e três (2,6%)  sem informação. A maioria era do sexo masculino e morador da Serra.

Segundo o infectologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo, Crispim Cerutti Junior, espera-se que 0,5% da população sem nenhum fator de risco venha a falecer de Covid-19. Isso quer dizer que se 200 pessoas jovens e sem nenhuma patologia forem infectadas, uma delas morreria.

Crispim acrescenta que o isolamento social é o mais importante a ser feito pela população para evitar a propagação da doença, ainda mais nesse período que a curva tende a aumentar. Além disso, ele ressalta que se uma pessoa precisar sair deve usar máscara e manter todas as práticas de higiene, como lavar as mãos, tomar banho e colocar a roupa para lavar ao voltar da rua.

“Toda vez que tenho oportunidade falo sobre o isolamento social, tem pessoa que fica circulando porque pensa que não há perigo por não fazer parte do grupo de risco, no entanto, se 200 pessoas jovens sem nenhuma patologia forem infectadas pelo novo coronavírus, é esperada a morte de uma delas”, ressaltou.

A representante comercial Jacqueline Lira de Miranda, de 41 anos, perdeu o marido Anderson Oliveira Estevão, 54 anos, vítima da Covid-19, no domingo (26). A moradora de Vila Velha nunca imaginou que o marido poderia ser vítima da doença, ela pensava que essa era uma realidade distante do casal que estava junto há 17 anos, isso porque os dois não faziam parte do grupo de risco.

 Jaqueline Lira de Miranda e o marido Anderson Oliveira Estevão
Jaqueline Lira de Miranda e o marido Anderson Oliveira Estevão. (Arquivo pessoal )

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“Meu marido tinha uma vida saudável, ele malhava, corria, tinha boa alimentação. Ele não tinha nenhuma comorbidade, como pressão alta, diabetes, hipertensão, nada”, desabafou.

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