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Com temperaturas acima dos 35 °C, Cachoeiro registra umidade do ar abaixo de 20%

Com temperaturas acima dos 35 °C, Cachoeiro registra umidade do ar abaixo de 20%

Moradores da região notaram a mudança para pior da qualidade do ar. Segundo o Incaper, a previsão de chuvas é somente no final do mês de março

Publicado em 7 de março de 2023 às 18:12

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Nas últimas semanas, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, tem feito muito calor no município, com temperaturas chegando aos 37 graus. E, além do calor, a população também está sofrendo com a baixa umidade do ar.

Além do calor, Cachoeiro de Itapemirim registra umidade do ar abaixo de 20%
Em Cachoeiro de Itapemirim, o tempo está seco e a umidade do ar está mais baixa. (Matheus Martins)

Em entrevista ao repórter Gustavo Ribeiro, da TV Gazeta Sul, moradores da região contaram que estão percebendo que o ar está mais seco do que o habitual. Isso acontece porque a umidade relativa do ar, ou seja, a quantidade de vapor de água na atmosfera está baixa.

Para a doméstica Maria José Bolzan, a sensação não é nada agradável. “Está tudo seco. É ruim para trabalhar, aí chega em casa e está quente. E à noite vem aquela tosse seca”, falou.

A meteorologista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) Thabata Brito explicou que a massa de ar seco, como o nome propriamente diz, deixa o ar mais seco e as temperaturas elevadas.

E isso está acontecendo em todo o Espírito Santo. “A gente está sobre atuação de um sistema de alta pressão, que é constituído por uma massa de ar seco que acaba inibindo a formação de grandes nuvens com potencial de desenvolvimento vertical para chuva e também impedindo o avanço de sistemas que possam mudar as condições de tempo aqui no Estado”, comentou a meteorologista.

Problemas de saúde

Ademais, um levantamento do órgão apontou que, em Cachoeiro, essa umidade tem ficado em torno de 18%, quando o ideal seria entre 50% e 60%. Dessa forma, é mais comum a população apresentar alguns problemas de saúde ocasionados pela falta de água no ar.

De acordo com o pneumologista Leandro Baptista, a baixa umidade do ar vai causar um ressecamento na pele e mucosas, nariz, laringe, faringe, pulmão, traqueia e brônquios principais. “Os pacientes que mais sofrem são aqueles já com doenças alérgicas preexistentes, como os portadores de rinite. [...] Por isso, é sempre importante procurar atendimento médico”, apontou.

A meteorologista do Incaper informou que a combinação de temperaturas elevadas com o ar seco pode causar tanto sensação de desconforto quanto desidratação. “Então, por isso, a gente pede as pessoas para evitarem a exposição solar nos períodos mais quentes no dia”, falou.

A orientação principal, conforme explicou o pneumologista, é se manter bem hidratado, ingerir bastante liquido e evitar exposição ao ar livre para atividades físicas entre as 10h e 16 horas. “Pode fazer atividade física mas desde que seja em um ambiente adequado, refrigerado de preferência, em horários adequados”, esclareceu.

Para Leandro Baptista, uma boa estratégia dentro de casa é tentar aumentar a umidade do local, com toalhas molhadas, vasilhas com líquidos ou até umidificadores.

Previsão de melhorias

A umidade baixa do ar ainda vai demorar alguns dias para melhorar, segundo a meteorologista do Incaper. “Não tem expectativa de grandes mudanças, porque a gente tem a permanência desse sistema. Vai passar toda essa primeira quinzena do mês de março com esse tempo predominantemente seco e com altas temperaturas”, contou.

E a previsão de chuvas e mudanças no tempo é somente para o final deste mês. “A gente está com a expectativa que venha alguma chuva para o final do mês de março, para que tenha uma possível mudança desse cenário. Enquanto isso a gente vai seguir com temperaturas em elevação e umidade em relativa bem baixa, principalmente no Sul do Estado”, concluiu Thabata.

Com informações da TV Gazeta Sul.

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