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Com prótese, homem narra drama ao ser barrado na porta de banco em Vitória

Com prótese, homem narra drama ao ser barrado na porta de banco em Vitória

Segundo Marcelo Cabral, mesmo após informar sobre a cirurgia, ele abaixou as calças para mostrar aos seguranças uma cicatriz que tem no corpo

Publicado em 13 de setembro de 2021 às 20:50

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Jucutuquara, em Vitória
Homem com prótese de metal é barrado na porta giratória de banco . (TV Gazeta)

Um cliente foi barrado na porta giratória de uma agência bancária no bairro Jucutuquara, em Vitória, na última sexta-feira (10). O mecanismo — que possui detector de metais — travou porque ele possui uma prótese de metal no quadril. Segundo Marcelo Cabral, mesmo após informar sobre a cirurgia, ele abaixou as calças para mostrar aos seguranças uma cicatriz que tem no corpo e conseguir entrar no banco.

Jucutuquara, em Vitória
Homem com prótese de metal mostra cicatriz para entrar no banco. (TV Gazeta)

 "Comuniquei à segurança na hora que foi minha vez de entrar no banco. Ela comunicou a outro funcionário que estava na agência sobre eu usar prótese após uma cirurgia. Tentei entrar cinco vezes porque travava. Acabou que abaixei um pouco as calças para mostrar o local da cirurgia que fiz há três anos. Nunca tinha passado por esse constrangimento", contou.

Aspas de citação

Já houve situação em banco em que eu fui parado, comuniquei que tinha prótese e imediatamente a pessoa identificou e me deixou entrar sem precisar apresentar laudo ou documentação. Desta vez, depois que entrei, ninguém do banco me procurou para pedir desculpa. Acredito que se fosse uma pessoa branca teria um cuidado maior de tratar do caso. Isso não pode ficar impune

Marcelo Cabral
Vítima de constrangimento
Aspas de citação

Segundo o irmão de Marcelo, Isaías Santana, o movimento negro irá tomar uma posição e se colocar para assessorar uma ação judicial contra os envolvidos nesse episódio.

A advogada consumerista Rayane Vaz explicou que é dever do banco promover a segurança. No entanto, a agência bancária não pode extrapolar e sujeitar o consumidor ao ridículo e à humilhação. "Nesse caso, o banco extrapolou a razoabilidade", disse.

Jucutuquara, em Vitória
Agência em que Marcelo foi barrado de entrar. (TV Gazeta)

Questionada pela reportagem da TV Gazeta, a Caixa Econômica Federal afirmou que o banco zela pelo respeito nas relações entre os empregados e o público. Em nota, a instituição bancária explicou que, ao entrar nas agências, os clientes passam por triagem e assim que Marcelo informou sobre a prótese, recebeu encaminhamento para atendimento.

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