
Com um crescimento de 150% no número de casos confirmados de coronavírus em apenas uma semana, a Prefeitura de Marataízes decidiu fechar o comércio e reforçar a proibição do acesso às praias, ao calçadão e às praças do município.
O decreto com as medidas mais restritivas foi baixado nesta quarta-feira (13), começa a valer a partir do próximo domingo (17) e terá validade de 15 dias. No dia 5 de maio, a cidade do Litoral Sul do Espírito Santo tinha 30 pacientes com Covid-19 e o número de pessoas com a doença chegou a 75 já nesta quarta-feira (13), de acordo com informações do prefeito da cidade, Tininho Batista, publicadas na página dele no Facebook. No Painel Covid-19, da Secretaria de Estado da Saúde, a cidade tem 73 casos confirmados e três mortes pelo novo coronavírus.
A prefeitura vai suspender, a partir do próximo domingo, o funcionamento de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços para o atendimento presencial, que poderão funcionar apenas na modalidade delivery, ou seja, de entrega de produtos.
Com aumento de 150 por cento dos casos, Marataízes vai fechar praias e lojas por 15 dias
O QUE PODE FUNCIONAR
Podem funcionar apenas estabelecimentos considerados essenciais, como farmácias, supermercados, padarias, lojas de produtos alimentícios, lojas de cuidados animais e insumos agrícolas, postos de combustíveis (sem funcionamento das lojas de conveniências), borracharias e agências lotéricas, entre outros.
Mesmo nesses estabelecimentos autorizados a funcionar, o horário de funcionamento deve ser limitado, de 10h às 16h, com exceção das farmácias e drogarias (7h às 19h), supermercados, minimercados e hortifrútis (8h às 19h) e padarias (5h às 19h). Esses pontos comerciais também devem permitir a entrada de apenas um cliente por cada 20m² de área de venda.
O decreto também proíbe o acesso às praias, ao calçadão, às lagoas e às praças da cidade para prática de qualquer atividade. Quem descumprir as medidas de isolamento determinadas pela prefeitura pode ser enquadrado no crime de "infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa", que prevê detenção de um mês a um ano e multa.
IGREJAS
Para templos, igrejas e demais instituições religiosas, fica permitido apenas o seu funcionamento interno.
PERMANÊNCIA DE PESSOAS EM RUAS SERÁ PROIBIDA
Outra parte chama a atenção no decreto. "A permanência das pessoas em ruas e logradouros públicos (praças, alamedas, entre outros), para evitar aglomerações, também está proibida, bem como reuniões para prática de quaisquer atividades sociais, esportivas ou culturais, ressalvando o direito de ir e vir da população, desde que estejam utilizando máscaras", informa.
A reportagem de A Gazeta entrou em contato com a Prefeitura de Marataízes para saber como vai funcionar essa questão de proibir a permanência de pessoas em ruas. Assim que a prefeitura responder, a matéria será atualizada.
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