Repórter / vfernandes@redegazeta.com.br
Publicado em 7 de setembro de 2022 às 20:59
O centro de distribuição da Cachaça Princesa Isabel, localizado em Vitória, foi assaltado pela terceira vez em três dias, na noite desta terça-feira (6). O proprietário da empresa estima que o prejuízo pode chegar a R$ 120 mil. Do local, além de cargas de cachaça e equipamentos eletrônicos, até a fiação e cabeamento foram levados.
Outros dois furtos ocorreram no mesmo local na tarde de domingo (4) e na noite de segunda-feira (5). Nas três situações, o proprietário da empresa, que pediu para não ter seu nome revelado, fez o boletim de ocorrência policial.
Logo após o segundo assalto, na manhã de terça-feira (6), ele publicou um vídeo (veja acima) em suas redes sociais com um desabafo, mostrando a situação em que ficou o escritório da empresa. Além dos equipamentos e produtos roubados e da destruição no local, foram feitos buracos no gesso e no telhado.
Cachaça Princesa Isabel
ProprietárioEle relata que a sede da Cachaça Princesa Isabel está localizada em Linhares, Norte do Estado, onde é feita toda a produção. Mantém em Vitória, na Avenida Leitão da Silva, um galpão onde funciona o centro de distribuição e comercializa os produtos - cachaça, gim, rum - para a Grande Vitória e Brasil.
Segundo o empresário, do local foram levados todos os computadores, impressoras, aparelhos de ar-condicionado, câmeras, fiação do galpão inteiro, assim como o cabeamento. Roubaram ainda cargas de cachaça e de gim que estavam armazenadas no local.
“Estamos calculando um prejuízo em torno dos R$ 100 mil a R$ 120 mil. Um valor bem alto para uma empresa familiar”, destaca o empresário.
No vídeo feito no local, o empresário relata que a polícia tinha feito a perícia e que não havia retornado. Ele esclarece que posteriormente os policiais foram ao local e que já há um delegado investigando os fatos.
“Inicialmente pensaram que era ação de usuários de droga, mas há uma linha de investigação de atuação de uma quadrilha”, relatou o empresário.
Embora considere que um centro de distribuição em Vitória facilite os negócios, principalmente na comercialização dos produtos na Grande Vitória e envio para outros Estados, o empresário avalia se vai mantê-lo em funcionamento.
“É difícil para uma transportadora ir ao interior de Linhares, é mais fácil buscar o material em Vitória. Mas vamos checar se o custo de contratação de segurança patrimonial vai ser viável ou se é melhor fechar o centro de distribuição”, relatou.
Já foi contratada uma empresa que vai fazer a segurança patrimonial do local. “Na próxima sexta-feira (9) vamos tentar organizar o escritório. Será preciso comprar tudo de novo, estou montando um sistema de segurança, e vamos analisar se vamos ou não manter a operação em Vitória”, relata.
No ano passado, a cachaça capixaba Princesa Isabel, conquistou mais dois prêmios no Concurso Mundial de Destilados de Bruxelas, na Bélgica, o principal da categoria no mundo, como divulgou a colunista de A Gazeta, Renata Rasseli.
O rótulo Princesa Isabel Amburana conquistou o ouro e o rótulo Princesa Isabel Ouro conquistou a premiação máxima, o Grand Ouro. A premiação entrou para a lista de conquistas do alambique, que já tinha recebido outros títulos nacionais e internacionais, em São Paulo, na Alemanha e na Inglaterra.
No último mês de agosto, a Princesa Isabel também começou a comercializar mais uma bebida produzida no alambique da Fazenda Tupã, em Linhares: o Rum Princesa Isabel, um dos primeiros produzidos no Espírito Santo. A informação foi divulgada pelo colunista de A Gazeta, Abdo Filho.
O primeiro lote da nova produção será de rum branco, destinado para pontos de venda de Espírito Santo e São Paulo.
A reportagem demandou a Polícia Civil para obter informações sobre a investigação dos assaltos envolvendo o centro de distribuição da Cachaça Princesa Isabel. Até o fechamento da matéria a força policial ainda não tinha respondido o e-mail. Assim que a informação for encaminhada, este texto será atualizado.
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