Publicado em 20 de novembro de 2020 às 13:24
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse, na manhã desta sexta-feira (20), que não recomenda a queima de fogos nos municípios capixabas durante o réveillon. >
O chefe do Executivo apontou que a tradicional festa costuma gerar aglomeração de pessoas e, com isso, pode aumentar a disseminação do coronavírus no Estado.>
A declaração foi dada durante entrevista concedida pelo governador à jornalista Fernanda Queiroz, no programa CBN Vitória. O governador criticou indiretamente a decisão do prefeito reeleito de Guarapari, Edson Magalhães (PSDB), de anunciar que a programação de réveillon da cidade está mantida, com fogos de artifício na orla. As demais cidades da Grande Vitória ainda não decidiram sobre os festejos.>
"O verão deste ano será um verão mais contido. O Natal e o Ano Novo terão que ser diferentes. Já vi um outro município anunciar que vai ter fogos. É preciso as pessoas pensarem, tanto os gestores como os cidadãos. Não está proibido passear, se divertir, mas tem que ser com responsabilidade e seguindo os protocolos", pontuou.>
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Casagrande destacou que não recomenda que os municípios façam queima de fogos na virada do ano. "Não recomendo porque a queima de fogos significa aglomerar pessoas. Não tem queima de fogos sem aglomerar. Usei queima de fogos, mas poderia usar qualquer atividade que aglomera pessoas. O setor de entretenimento é o mais prejudicado, precisamos reconhecer, mas, infelizmente, é na aglomeração que as pessoas transmitem o vírus e aí muitos acabam perdendo a vida", justificou o governador.>
Nesta semana, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, apontou que o Espírito Santo apresenta "uma tendência clara de crescimento de casos graves da Covid-19". >
Em 8 de novembro, a média móvel de casos de coronavírus em 14 dias chegou a 132,64 na Região Metropolitana, ultrapassando o limite do pico da primeira onda.>
O próprio governador, preocupado com o avanço da doença, convocou uma reunião para discutir a situação da pandemia no Espírito Santo com o Ministério Público do Estado, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas do Estado, a Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), líderes religiosos e entidades, como a Federação do Comércio (Fecomércio) e a Federação das Indústrias (Findes). O encontro aconteceu na tarde da última quarta-feira (18).>
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