A paralisação total dos rodoviários em Vitória completou uma semana nesta segunda-feira (04). Uma audiência de conciliação marcada para as 16h desta segunda pode encerrar o conflito entre empresas e trabalhadores. Será a segunda audiência mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES) - a primeira, que ocorreu na última quinta-feira (30), terminou sem acordo.
Motoristas e cobradores estão de braços cruzados nas três empresas que operam o sistema municipal de transporte em Vitória em protesto contra atraso de salário na viação Tabuazeiro - os trabalhadores, segundo o Sindicato dos Rodoviários, ainda não receberam o pagamento que deveria ter caído na conta no quinto dia útil de abril.
Já o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes), que representa as viações, alega que a queda na arrecadação, ocasionada pela pandemia de coronavírus, atrapalha a viação a cumprir com as suas obrigações. Com a falta de acordo, os ônibus "verdinhos" estão sem circular desde o dia 27 de abril na capital.
O TRT enviou um ofício à Prefeitura de Vitória para que o município adiante, em pelo menos um mês, verbas de custeio do sistema municipal de transporte público para a Viação Tabuazeiro. A Prefeitura de Vitória confirmou que recebeu o ofício e disse que ele será avaliado pela Procuradoria Geral do Município (PGM) e pela Secretaria de Fazenda para "verificar o que pode ser feito pelo município dentro das possibilidades técnicas e financeiras".
Antes da reunião de conciliação, o desembargador Mário Ribeiro Cantarino Neto determinou, na última quarta-feira (29), o pagamento de multa diária no valor de R$ 200 mil em caso de descumprimento da liminar que impõe o fim parcial da paralisação dos rodoviários em Vitória.
A decisão anterior havia imposto que duas das três empresas de ônibus municipais que estão paradas deveriam voltar a operar normalmente, enquanto a terceira deveria retomar as atividades com 30% da frota. Essa terceira é a viação Tabuazeiro. Não há registro de atraso no pagamento das outras duas empresas, mas os funcionários decidiram paralisar as atividades em apoio aos colegas.
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