Desaparecido há mais de uma semana, o pescador Antônio Carlos Severnini, de 69 anos, foi encontrado morto na Praia de Regência, em Linhares, no Norte do Estado, no início da tarde dessa terça-feira (25). Morador de Guarapari, ele saiu para trabalhar em alto-mar no último dia 18 e não retornou para casa. O barco chegou a ser localizado no dia seguinte, nas proximidades da Praia do Morro, ainda na Cidade-Saúde, porém sem ocupantes.
A Polícia Civil informou que a identidade da vítima foi confirmada através de um exame de necropapiloscopia – ou seja, por meio das impressões digitais. Segundo a corporação, o corpo foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser investigada a causa da morte.
Silvania Severnini, irmã do pescador, contou ao site A Gazeta que o corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição. "Estão fazendo todos os exames ainda para saber a causa, porque o corpo está muito feio. O filho dele, quando viu, também reconheceu. Estamos destruídos", contou.
Procurada, a Polícia Militar destacou que foi acionada na terça-feira (25) por um solicitante que informou que trabalhava na reserva de comboios, em Regência, e que havia localizado um corpo na areia da praia, enquanto realizava o monitoramento na região.
"Uma guarnição prosseguiu até o local e constatou se tratar de um corpo de sexo masculino, aparentemente levado para o local pela correnteza do mar, sem identificação. Também não foi possível identificar a causa da morte durante o atendimento da ocorrência no local, visto o estado adiantado de decomposição", informou, em nota.
O pescador Antônio Carlos Severnini, de 69 anos, estava desaparecido desde a última terça-feira (18), após sair para trabalhar em Guarapari e não retornar. Segundo o Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (Notaer-ES), o barco dele foi encontrado nesta quarta (19), sem ocupantes.
A corporação afirmou também que a embarcação estava fundeada perto da Ilha Escalvada, nas proximidades da Praia do Morro. Vídeos divulgados pelo Notaer mostram o barco à deriva, além da área em que foi localizado (veja abaixo).
A irmã do pescador, Silvania Severnini, detalhou que ele saiu para trabalhar de madrugada, por volta das 4h. Ela afirmou que o homem, morador do bairro Adalberto Simão Nader, também no município, possui uma extensa experiência no ramo.
"Minha sobrinha (filha de Antônio) mora no mesmo prédio dele e estranhou que não voltou para casa. Tentou ligar várias vezes e até umas 23h30 o celular ainda estava tocando. Depois, parou. Não temos ideia do que pode ter acontecido. Encontraram o barco, mas sem vestígio algum", afirmou.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (20), a Capitania dos Portos do Espírito Santo, vinculado à Marinha do Brasil, afirmou que tomou conhecimento do fato por meio de familiares, na tarde de 19 de abril. As informações recebidas davam conta de que o pescador teria saído da Marina das Gaivotas no dia 18, a bordo da embarcação "Espera Feliz IV", mas não havia regressado no horário previsto.
"Assim que tomou conhecimento, o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha (SAR) foi acionado, dando início a uma operação de busca na região, com o emprego da lancha "Curimatá", da CPES, e com o apoio da aeronave do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), do Governo do Espírito Santo. O fato foi divulgado às colônias de pesca e disseminado, a fim de alertar todos os navegantes que percorrerem a região", destacou a Capitania.
A Marinha ainda se solidarizou com a família e informa que a CPES está em contato com a família, informando sobre o andamento do caso.
"Cabe destacar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (27) 2124-6526 (diretamente com a CPES para outros assuntos, inclusive denúncias). Também estão disponíveis o e-mail [email protected] e o aplicativo "Praia Segura", que pode ser baixado gratuitamente em aparelhos celulares Android e iOS", completou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta