Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 11:18
O nível do Rio Doce subiu nas últimas horas e está perto de 40 cm de atingir a cota de inundação em Linhares, no Norte do Espírito Santo. A cheia ocorre por conta da forte chuva que ocorre em Minas Gerais e preocupa a Defesa Civil do município. Moradores da região ribeirinha também estão sob alerta para a possibilidade de ter que sair de casa. >
Na manhã desta quinta-feira (23), a água chegou a 3,06 metros. A cota de inundação do rio é de 3,45 metros. Em entrevista à TV Gazeta, o coordenador da Defesa Civil de Linhares, Antônio Carlos dos Santos, relata que a água das chuvas que caiu nos últimos dias no município agravam o problema.>
“Linhares é o último município da bacia do Rio Doce. Quando chove muito na região de Valadares e Aimorés, em Minas Gerais, essa água chega em volume muito alto e causa o transtorno. Estamos na cota de alerta e temos um agravante de que há ainda água das chuvas. Orientamos as pessoas que moram próximo ao rio para acionar a Defesa Civil antes de algum problema se agravar”, afirmou. >
As áreas de maior risco estão em Povoação, Regência, Degredo e Olaria. A trabalhadora rural Eliane Vidal, que mora em Olaria, conta que entra água na casa dela quase todos os anos. “É desesperador. O pouco que a gente tem, a gente perde quase todo ano. É tudo muito difícil. Precisa tirar tudo, sair de casa e voltar. Na minha casa já entrou água. Em um ano, entrou água na minha casa em um intervalo de 30 dias. Às vezes, temos sorte que não é todo ano que ela vem”, diz a trabalhadora.>
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Caso seja necessário, Antônio Carlos diz que famílias serão direcionadas ao ginásio do bairro Conceição, para receber apoio.>
Chuvas intensas ainda estão previstas para os próximos dias, tanto no Espírito Santo como em Minas Gerais. Segundo o Climatempo, entre os dias 23 e 24, o Norte do Estado pode ter acumulado de 100 mm. Já no Norte de Minas, entre os dias 25 e 26, são esperados entre 150 mm e 200 mm, com a possibilidade de atingir até 300 mm. >
Há o alerta para a possibilidade de enchentes, transbordamentos, alagamentos e deslizamentos de terra.>
Com informações de Eduardo Dias, da TV Gazeta Norte>
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