Publicado em 27 de dezembro de 2020 às 12:16
Há quatro dias a família da diarista e lavradora Clarisse Sales Vicente, de 43 anos, esta morando de favor na casa de parentes. Às vésperas do Natal, a casa onde ela morava com a filha e os dois netinhos, um menino de 3 anos e uma menina de 2 meses, foi alagada pela força das águas da chuva que caíram no dia 24 de dezembro, em Marataízes, Sul do Estado. >
Clarisse e sua família residiam na rua projetada do bairro Jacarandá, em frente a creche onde o neto estuda, havia cinco anos. Ela conta que se desesperou ao ver tudo dentro de casa destruído. "Foi meu neto que avisou que a água estava entrando dentro de casa. Conseguimos salvar uma televisão e a geladeira, pois os vizinhos ajudaram a tirar. O resto, foi tudo destruído", lamentou Clarisse.>
Pelo chão da casa ficaram os restos do guarda-roupa, brinquedos e roupinhas das crianças. Também é possível ver gavetas, colchões e o sofá, tudo coberto pela lama que veio junto da água, que chegou a um metro de altura no interior da residência, além de uma correnteza forte que ajudou a destruir os móveis. >
"É muito triste e desesperador ver tudo que a gente luta anos para conseguir, nossas coisinhas, destruídas em minutos. Agora é cabeça erguida e tentar seguir em frente", desabafou.>
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Clarisse contou que mora no local há cinco anos, mas que nunca entrou água na residência. Ela acredita que tenha sido o asfaltamento recém instalado na rua que fez com que a água da chuva não escoasse e entrasse na residência.>
A Defesa Civil de Marataízes interditou a casa devido à precariedade dos alicerces. A reportagem de A Gazeta tentou contato com a prefeitura para saber o que vai acontecer com essa família e qual a situação da casa e da obra realizadas na rua, que podem ter colaborado para que a água invadisse a residência. Porém, não obtivemos retorno. >
Amontados de favor em uma casa de parentes, Clarisse e sua família têm recebido apoio de um grupo de professores da comunidade.>
"Em um grupo de aplicativo de conversas, uma professora postou imagens da família tirando água dos cômodos. Cada um está tentando fazer o que pode, se mobilizando. Eu vou fazer um sorteio para levantar dinheiro, outra professora está recolhendo doações de roupas e assim tentando dar um pouco de dignidade", afirmou a professora Adriana Viana.>
Quem quiser colaborar com a família, com roupas, inclusive para bebês, e comida pode entrar em contato com a Clarisse pelo telefone (28) 99942-3906.>
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