Faltando menos de uma semana para a tão aguardada ceia de natal, que vai muito além das aves e das rabanadas, Priscila Casagrande, técnica e representante da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), em entrevista ao âncora da CBN Vitória, Fábio Botacin, deu dicas para quem pretende servir um verdadeiro bacalhau. Ela afirma que nem todo peixe salgado pode ser considerado bacalhau. Entenda como diferenciar:
A não ser que a diferença seja muito drástica, não se prenda apenas ao preço.
São três as espécies legítimas: o Cod Gadus Morhua, também chamado de legítimo bacalhau ou bacalhau do Porto; o Cod Gadus Macrocephalus, que é o bacalhau do Pacífico e Gadus Ogac. Outras espécies podem apenas ser chamadas de tipo bacalhau, como é o caso da Saithe.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obriga que o produto venha na embalagem, com o nome científico da espécie. É importante o consumidor pesquisar, para ter certeza de que está levando a espécie correta, já que a olho nu é mais difícil identificar. O bacalhau do Porto, por exemplo, faz postas mais grossas, tem coloração levemente amarelada. Já o do Pacífico apresenta coloração mais clara, a linha lateral é quase imperceptível e tem ponta branca, explicou Priscila.
Quando for comprar o bacalhau não esqueça de observar se, por exemplo, há manchas vermelhas, já que podem indicar uma proliferação anormal de bactérias. Em casos como este, ou da presença de bolor (diferente dos pontos pretos da própria espécie), o peixe não deve ser adquirido, evitando-se, assim, problemas de saúde.
O peixe comprado deve estar fresco e ter boa aparência, não estando pegajoso. Merece atenção o local onde está guardado, a incidência de luz e de calor para evitar a compra de produto contaminado.
Aparas são resíduos dos peixes. Algumas pessoas compram as aparas, por exemplo, para preparar saladas frias. Neste caso, também deve-se atentar para a higiene. No caso dos pedaços, isso dificulta ainda mais a percepção de se tratar de um legítimo bacalhau ou não. Para consumir a posta, o ideal é usar o verdadeiro bacalhau. Os mais baratos devem ser usados, preferencialmente, para confecção de bolinhos, afirmou a especialista.
Por fim, Priscila Casagrande atentou para a existência de fraudes relacionadas ao bacalhau. A Proteste já detectou em outros momentos, mas é muito difícil, a olho nu, passar a informação para o consumidor. Nós contamos com a boa-fé dos fabricantes. No nosso site há diversos testes que podem servir de referência. Inclusive há indicação de azeites de boa qualidade. É bom olhar para não ser enganado, já que há tantos produtos disponíveis no mercado, finalizou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta