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Baião de dois: onde provar o prato nordestino e suas versões

Baião de dois: onde provar o prato nordestino e suas versões

Cremosa, vegana e até com frutos do mar, a receita cantada por Luiz Gonzaga vem conquistando o ES em releituras cheias de sabor

Publicado em 16 de julho de 2021 às 17:12

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Baião de dois servido no almoço executivo do Coffeetown Praia da Costa
Baião de dois servido no almoço executivo da Coffeetown, na Praia da Costa. (Pablo Gonçalves)
Evelize Calmon
Editora de Gastronomia / [email protected]

Prato típico do Nordeste e de partes do Norte do Brasil, o baião de dois tem feito enorme sucesso nos cardápios capixabas que o incluem. A receita, de origem cearense, une dois elementos básicos da culinária nacional: o feijão (porém verde ou de corda) e o arroz - quase sempre acrescidos de queijo coalho. 

A canção "Baião de Dois", de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, impulsionou a fama do quitute, que hoje é servido em boa parte dos restaurantes de comida brasileira pelo país afora. No Estado, a mistura vem ganhando espaço principalmente nos menus de almoço, com adaptações e releituras cheias de personalidade.

Por aqui, a versão que mais se aproxima da original acompanha a Carne de Sol do Maranhão, refeição para quatro pessoas servida no Coco Bambu, em Vila Velha. "O baião do Ceará leva só arroz e feijão-verde e, em alguns lugares acrescentam o queijo. Aqui usamos feijão-fradinho, porque o verde é difícil de encontrar", explica Fernando Granjeiro, sócio-proprietário do restaurante. 

Além do baião de dois, a peça inteira de carne de sol de filé mignon vai à mesa com farofa de ovos, bananas à milanesa, cebola roxa refogada, vinagrete e purê de mandioca gratinado com queijo coalho (R$ 238).   

Carne de Sol do Maranhão, acompanhada por baião de dois no restaurante Coco Bambu, em Vila Velha
Carne de Sol do Maranhão: baião de dois ao estilo cearense é um acompanhamento. (Tadeu Brunelli)

O Regina Maris, também em Vila Velha, inspira-se na variação mais famosa do baião de dois tradicional, o rubacão, que geralmente contém nata ou leite e fica molhadinho. No Baião de Dois à Moda da Casa, bastante cremoso, vão carne de sol, manteiga de garrafa, feijão-de-corda, arroz e queijo coalho misturados e acomodados em uma panela de barro (R$ 132, para duas pessoas).    

Inaugurado recentemente na Prainha, o Macunaíma Cozinha Brasileira comprova o sucesso do baião de dois não só entre os capixabas. "Foi uma surpresa receber esses dias um grupo de nove nordestinos que vieram atrás do baião. Um deles brincou e pediu 'pra ver se o daqui presta', e todos aprovaram. É curioso também ver que muitos clientes pedem cajuína para acompanhar, e os capixabas que não conheciam o prato têm vindo para experimentar", conta o chef e proprietário, Murilo Góes.        

Baião de dois do restaurante Macunaíma Cozinha Brasileira
Baião de dois do Macunaíma, em Vila Velha: aprovado pelos nordestinos. (Olivier Schochlin)

No restaurante, que abre apenas para almoço, o prato (individual, a partir de R$ 28) é servido aos domingos e contém carne-seca desfiada, bacon, banana-da-terra frita, queijo coalho e feijão-fradinho. "Às vezes coloco o baião no cardápio mais de uma vez por semana, e também faço porções maiores sob encomenda", completa o chef, que também prepara uma opção vegana. 

PRATO EXECUTIVO

Na cafeteria Coffeetown Praia da Costa, o baião também é uma pedida no almoço, como prato executivo (R$ 27, individual). Arroz, feijão-fradinho, carne-seca desfiada, queijo coalho, bacon e linguiça compõem a releitura da casa. 

Em Vitória, o Centro é o destino dos apreciadores do prato. No bistrô A Oca, o cardápio traz quatro versões, no almoço e no jantar, e uma pedida para os veganos é a que contém arroz, feijão-fradinho, ervas, cubinhos de banana-da-terra frita, cenoura, abobrinha, palmito fresco e mix de cogumelos (R$ 36, individual). 

Gonzagão, versão de baião de dois servida no bistrô e ateliê A Oca, no Centro de Vitória
O Gonzagão, d'A Oca, combina ingredientes dos baiões tradicional e vegano. (Mariana Garcia)

Além da Tradicional, que leva queijo coalho, calabresa picadinha, bacon, carne-seca e melaço de cana (R$ 36, individual), entram em cena também o Gonzagão - combinação de ingredientes do vegano e do tradicional (R$ 40, individual) - e o Baião do Mar (R$ 64, individual), com siri, dourado e camarão desfiados, arroz, feijão-fradinho, pimenta e mix de temperos do chef, Fabrício Costa.

Nas noites do Grappino, na Gama Rosa, o Baião D2 serve duas pessoas e é feito com arroz, feijão-fradinho, carne-seca desfiada, calabresa, bacon, queijo coalho e manteiga de garrafa (R$ 66). 

ENDEREÇOS E HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO*:

  • A OCA BISTRÔ & ATELIÊ - Quarta, das 12h às 15h. De quinta a sábado, das 12h às 16h e das 19h às 23h. Domingo, das 12h às 18h. Rua do Rosário, 114, Centro, Vitória. (27) 98825-6714. Delivery: iFood e Shipp. 
  • COCO BAMBU - De segunda a quinta, das 11h30 às 15h e das 17h às 23h. De sexta a domingo, das 11h30 às 23h. Shopping Praia da Costa, Av. Dr. Olivio Lira, 353, Praia da Costa, Vila Velha. (27) 3141-9100. Delivery: (27) 99263-3517, aplicativo próprio e iFood. Clube A Gazeta: 10% de desconto no valor total da conta
  • COFFEETOWN PRAIA DA COSTA - De segunda a quarta, das 10h às 20h30. Quinta e sexta, das 11h às 20h30. Sábado e domingo, das 11h às 20h30. Rua Maranhão, 45, Praia da Costa, Vila Velha. (27) 3535-0012. Delivery: iFood e Shipp. Clube A Gazeta: 15% no valor total da conta.
  • GRAPPINO RANGOBAR - De segunda a sábado, das 18h às 23h. Rua Gama Rosa, 128, Centro, Vitória. (27) 3029-5567. Delivery: iFood e Uber Eats.    
  • MACUNAÍMA COZINHA BRASILEIRA - De quinta a domingo, das 11h às 17h. Av. Luciano das Neves, 134, Sítio Histórico da Prainha, Vila Velha. (27) 99837-7236. Delivery: Shipp. 
  • REGINA MARIS - De domingo a quinta, das 11h à 0h. Sexta e sábado, das 11h à 0h30. Rua Deolindo Perim, 79, Itapuã, Vila Velha. (27) 3299-0897.

*Os horários estão sujeitos a alterações conforme decreto estadual. 

Baião de Dois à Moda da Casa do restaurante Regina Maris, em Vila Velha
Baião de Dois à Moda da Casa do Regina Maris: opção cremosa em Vila Velha. (Carlos Alberto Silva)

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