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Sobrinho gay de Silas Malafaia diz que família não vai ao seu casamento

Sobrinho gay de Silas Malafaia diz que família não vai ao seu casamento

O rapaz, que é modelo, afirmou em entrevista à revista "Veja" que precisou arrumar uma falsa namorada para acabar com as críticas do pai

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 18:28

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Leandro Buenno e o noivo, Rodrigo Westermann, sobrinho-neto de Silas Malafaia. (Reprodução/Instagram @rodrigowm)

Sobrinho-neto de Silas Malafaia, o modelo Rodrigo Westermann voltou a falar sobre a não-aceitação de sua homossexualidade por boa parte da família que, segundo ele, "é evangélica tradicionalista". Em entrevista à revista "Veja", o bonitão desabafou sobre o preconceito que sofre por parte dos parentes e afirmou que considera difícil conseguir o respeito do Deputado Federal e de todos os membros do clã. 

 "Perdoo a minha família, mas o problema é perdoar sem existir um pedido de desculpas. Meu pai não conhece meu noivo, que está comigo há mais de um ano. Vamos nos casar em março, e ninguém da família estará presente. Meu irmão se recusou a ser padrinho. Eu pensava em dar um basta nessa dor com o meu casamento", reflete o rapaz, que é modelo, prestes a trocar alianças com Leandro Buenno, participante da 3ª temporada do The Voice Brasil.

Rodrigo Westermann e o noivo Leandro Buenno pretendem se casar em 2020. (Reprodução/Instagram @rodrigowm)

Rodrigo relata que sempre tratou sua sexualidade como pecado. "Meu pai dizia que havia algo ruim dentro de mim por sentir atração por meninos. Só Deus poderia tirar aquela maldade do meu corpo e me salvar.  Eu me sentia dentro de uma prisão. Minha vida era de casa para a igreja e vice-versa. Só podia sair para ir ao psicólogo, que também era da igreja que frequentávamos", relembra.

Durante os cultos evangélicos, segundo Rodrigo, as pessoas oravam para que ele se "livrasse do pecado mortal". "Pediam a Deus que tirasse as sensações e os desejos carnais errados que eu sentia. Mas os filhos deles também tinham os mesmos desejos e ninguém orava por eles. As coisas começaram a melhorar quando arrumei uma namorada falsa. Ficamos juntos por três anos. Hoje ela é lésbica e minha melhor amiga. Minha família nunca usou o termo “cura gay”. Isso não existia na época. Por dentro, eu sabia que não havia nada a ser consertado", confessa.

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Ele afirma que já pensou em abolir o sobre nome famoso. Porém, hoje pensa em conquistar o respeito de todos.  "Queria colocar o sobrenome do meu marido no lugar, mas cheguei à conclusão de que posso fazer a história desse nome mudar. Fico indignado quando vejo que há um discurso de ódio explícito como o do Silas Malafaia em pleno século XXI. É chocante ver uma pessoa que se diz pastor e se apresenta como a voz de Deus pregar com tanto ódio e agressividade contra os homossexuais. Mas o sobrenome Malafaia não precisa ser lembrado só como sinônimo de ódio. Pode ser lembrado por alguém que deseja apenas viver em paz e harmonia. Acredito que o amor sempre vence", complementa.

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