O espetáculo Crash - Ensaio sobre a falência é mais que um monólogo. A montagem tem o tom do texto teatral, da interpretação, tem fragmentos audiovisuais, elementos visuais, dança e performance. Nesta mistura artística e multimídia, o que está em cena é a falência financeira e humana.
É teatro performativo. O ator não representa somente o texto. Outros elementos entram e ganham a cena. O ator não somente interpreta um papel, ele faz intervenções. A peça é uma obra híbrida, traz fragmentos audiovisuais, jornalísticos e convida o público a refletir, destaca Marcelo Ferreira que, inclusive, é quem escreve, dirige e performa o espetáculo.
De autoria da Cia Teatro Urgente, fundada por Marcelo, Crash - Ensaio sobre a falência terá uma transmissão ao vivo e gratuita para o público no próximo domingo (1), às 18 horas, pelos canais da WB Produções no Youtube e no Facebook. A apresentação ficará disponível on-line para o público por um mês.
Produzida em 2013, em meio às manifestações que varreram o país, a peça é uma releitura do artista Marcelo Ferreira e tem como principais referências o livro Millenium People, do escritor J.G Ballard, e da peça Bumba meu bucho, do coreógrafo, cenógrafo, bailarino e professor já falecido Magno Godoy.
Essa é uma releitura da peça que produzi lá em 2013. É um ensaio sobre a falência financeira e humana, conta Ferreira. Ela é um manifesto debochado cuja crítica é feita através do humor. O público irá se identificar com as situações ali presentes, completa o artista, que tem no currículo peças como Édipo sem Complexo (2019), Ópera la serva padrona (2016) e Um corpo que cai(2014).
Formado em jornalismo e em artes, ele leva para o palco um pouco das duas áreas já experimentadas por ele. Em Crash, notícias e vídeos se misturam com dança e texto falado. Marcelo revela que alguns elementos visuais são usados na performance em alusão à essa ruína contemporânea, como um porquinho de louça e um manequim que estarão em cena.
Durante a transmissão, haverá ainda uma campanha de arrecadação direcionada para o projeto SOS Graxa ES, movimento para ajudar profissionais da cultura que atuam nos bastidores da produção de eventos e, por conta das recomendações de isolamento social provocadas pela pandemia do novo coronavírus, tiveram sua renda afetada. Um QR Code será disponibilizado na tela para que as pessoas apontem o celular e caiam na plataforma de contribuições.
*Lorraine Paixão é aluna do 23° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob orientação do editor Erik Oakes.
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