Repórter do Divirta-se / [email protected]
Publicado em 25 de maio de 2021 às 02:00
Espaço que guarda parte da história do Espírito Santo, a Casa da Memória, em Vila Velha, reabre para visitação nesta terça-feira (25), totalmente reformada, em uma obra que durou aproximadamente um ano e custou cerca de R$ 400 mil. Ao todo, o centro histórico estava fechado desde março do ano passado, por conta da pandemia da Covid-19. >
O local recebeu mudanças estruturais, como troca de telhado, impermeabilização, manutenção de portas e janelas, e troca da rede elétrica. O museu sofria com infiltrações, que vinham provenientes de um telhado mal-feito, além de necessitar de pintura e reparos pontuais em quase todos os ambientes. A arquitetura original, porém, foi preservada. >
De acordo com o secretário de Turismo, Esporte e Cultura do município, Paulo Renato Fonseca Junior, a reestruturação deixou o espaço mais acessível, com a implementação de rampas para cadeirantes, banheiros adaptados e maior espaçamento entre as portas. >
"Isso garante que pessoas portadoras de necessidades especiais tenham acesso a todos os espaços, mantendo a ideia de que a cultura deve ser aproveitada por todos os moradores, sendo de Vila Velha ou mesmo de outras partes do Estado e até do país", descreve o gestor. >
>
A Casa da Memória é uma construção de 1893. Ela abriga o acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha (IHGVV) e sua exposição permanente, com estátuas de personagens históricos, jornais e documentos sobre o sítio histórico da Prainha, bairro canela-verde em que está localizada. >
"Com a reforma, nosso foco é continuar fazendo o resgate da história do Espírito Santo. Nesta semana, vamos reabrir não só a Casa da Memória, como a Igreja do Rosário (também localizada na Prainha), sempre respeitando os protocolos de segurança e com restrições do número de acessos por pessoas", adianta Paulo Renato, revelando que, na Casa da Memória, por exemplo, poderão entrar somente dez pessoas de cada vez. >
Ainda na exposição permanente, peças históricas, como réplicas de armas, instrumentos de navegação, painéis ilustrativos, livros, replica da Lei Áurea e da pena que a Princesa Isabel assinou a lei. Aproveitando a reforma estrutural, todas as obras também foram repaginadas, contando com o apoio da Lei Aldir Blanc. >
No local, há uma réplica em escala da Caravela Glória, responsável por trazer o primeiro donatário da Capitania do ES, Vasco Fernandes Coutinho; um canhão dos anos 1700; o último exemplar do bonde que circulou na cidade e que, em breve, será completamente restaurado, em obra que deve ser iniciada nos próximos meses. >
"Além da exposição permanente, vamos reabrir com a mostra 'Imaginário', que fica em cartaz até 30 de julho. São quadros que resgatam a memória afetiva de artistas do município, como Kleber Galveas, Romário Batista, Paulo Hernani, Cristina Lopes e Rodolpho Valdetaro. A curadoria é de Celso Adolfo", adianta Manoel Goes, subsecretário Municipal de Cultura.>
Goes afirma que a crise sanitária impediu que a galeria da Casa da Memória - que foi totalmente reformada, ganhando iluminação profissional -, planejasse um calendário de exposições mais vasto. >
"Vivemos na incerteza sobre nossas atividades. Vamos abrir com uma mostra de artistas locais por dois meses. Organizar uma exposição dispende tempo e planejamento, tanto para o espaço como para artistas. Não dá para se comprometer com eles agora. Vamos ver como a pandemia vai se desenrolar nos próximos meses para pensarmos em novas exposições", complementa. >
A Casa da Memória está aceitando doações de documentos ou peças de relevância histórica para aumentar o acervo. Nesta semana, o espaço recebeu 12 moedas e duas botoeiras antigas do jornalista Paulo Borges Filho.>
“Se todos tivessem a mesma iniciativa, nós estaríamos com um acervo ainda mais rico à disposição da população”, acredita Lauro Rodrigues, presidente do IHGVV.>
Para o subsecretário de Cultura, Manoel Goes, “preservar bens históricos é fundamental para o fortalecimento da identidade canela-verde. Demonstra o interesse em perpetuar a nossa memória. Isso é fundamental para prepararmos as novas gerações, no momento em que estamos caminhando para o quinto centenário da colonização espírito-santense”, pontua.>
Os interessados em doar, podem entrar em contato com o Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha, pelo telefone (27) 99981-6098. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta