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Aos 14 anos, Cacá Magalhães inicia carreira solo com ares de diva do soul

Aos 14 anos, Cacá Magalhães inicia carreira solo com ares de diva do soul

Com inspiração em nomes como Nina Simone e Cássia Eller, baiana lança seu single "Poeira das Estrelas". Conheça o novo talento da música nacional

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 06:00

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Cacá Magalhães, 14 anos, é nova sensação da música nacional
Cacá Magalhães, 14 anos, é nova sensação da música nacional. (Divulgação)

Com um animado "boa tarde!", teve início a conversa com a artista em ascensão Cacá Magalhães. A adolescente inicia a carreira solo com o single "Poeira de Estrelas", disponível em todas as plataformas digitais. A entrevista seguiu em tom de empolgação, muito pela energia apresentada pela cantora ao falar sobre sua vida e projetos na música.

Muitos devem achar que, com apenas 14 anos, a "menina" não deve ter muita história ou experiência. Pelo contrário. Cacá já participou de uma banda com integrantes mais velhos, a Terráquea, e mostrou que é uma baiana arretada até mesmo fora do país. Afinal, participou do Little Big Shots, programa da emissora americana NBC TV e apresentado por Melissa McCarthy, onde mostrou toda sua potência vocal.  

O que chamou a atenção de todos além da voz? Seu gosto musical. Nada de nomes jovens ou da música pop atual em sua lista de inspirações. Nina Simone, Aretha Franklin, Etta James, B.B King, Janis Joplin,Elton John, Amy Winehouse... só gente de alto nível vocal e musical passam playlist de Cacá. Mas tudo tem uma explicação.

Filha de mãe advogada e pai administrador (Izabel e João), o primeiro contato de Cacá e ensinamentos sobre a música foram com o avô materno, Gesner de Araújo Abreu. "Ele sempre colocava no rádio músicas de blues e soul, como a Aretha Franklin, Nina Simone. Meu avô tocava barítono quando era jovem na cidade dele, Sabinópolis (MG)", comenta radiante.

Da nova geração, ela cita a cantora e compositora Liniker e revela que se identifica com alguns artistas do rock nacional: "Eu pego muito do rock do Frejat e da Cássia Eller para fazer minhas produções", cita ela, afirmando que gosta da forma como eles interpretam e sentem suas canções no palco. Mais um indício de que o blues e o soul são as vertentes que a guiam na carreira.

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Aretha tinha uma voz que ninguém mais tem e realizava interpretações incríveis, com graves e agudos impecáveis

Cacá Magalhães
Cantora, sobre a inspiração musical
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"Gosto de cantar sobre algo que inspira, que toca na alma. Seja algo triste, sobre o amor, gosto de escrever algo forte", destaca Cacá. E das madrugadas 'estreladas' em que a artista se encontra empolgada, surgem novas obras que, aos poucos, se lapidam e se transformam em arte. Claro que sempre com a companhia da irmã Maria Julia, a fiel escudeira.

"Em uma certa madrugada, eu fiz alguns acordes e minha irmã tinha feito uma letra. Quando juntamos as duas coisas, casou perfeitamente a energia dos acordes com poesia", revela a cantora sobre a produção de "Poeira de Estrelas", seu primeiro single.

A música é um pop que bebe do blues e, em parte, lembra muito o som feito por Cássia Eller. A letra, escrita pela irmã, usa os astros para falar de amor-próprio e poesia. O clipe apresenta cores intensas e é interpretado pela voz grave e estrondosa de Cacá, combinada com uma atuação marcante da cantora.

"Eu canto para o mundo, como 'Poeira de estrelas' que é sobre um amor revolucionário, um amor livre. Canto outras músicas amorosas pensando em alguém, certas músicas eu canto para mim mesma...", comenta recitando a própria música.

Cacá Magalhães se declara feminista e diz que tem escrito músicas sobre a união das mulheres na atual sociedade. "Só nós sabemos o que passamos, temos que lutar para acabar com essa dor e sofrimento. Quero passar isso para meus amigos e para as novas gerações", explica, prometendo lançar em breve novas produções com essa pegada.

ORGULHO DO BRASIL E APRESENTAÇÃO NO EXTERIOR

O orgulho de sua região vem quando a artista fala de suas referências musicais. “A Bahia é arte!”, exclama. De lá também vem o reconhecimento artístico. Cacá recebeu o título de ‘A pequena diva baiana do jazz’ dado pela jornalista Kátia Borges, do jornal "Correio". "Eu dou risada sempre que escuto isso, mas eu fico sem palavras e grata com o carinho e reconhecimento", revela.

A participação no Little Big Shots, da emissora americana NBC TV, foi importante para o crescimento de Cacá. A baiana foi aplaudida de pé pelo público e recebeu reconhecimento também pelas redes sociais após a apresentação em maio deste ano. "Tive muita experiência e troca com os outros artistas, mantemos contato até hoje. Foi muito gratificante levar um pouquinho do Brasil e do Nordeste para lá", comenta.

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Quando estou cantando sinto a adrenalina correndo dentro de mim

Cacá Magalhães
Cantora e compositora
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Cacá promete vir ao Espírito Santo assim que possível e esconde um pouco o jogo sobre o futuro. “Ainda não posso falar sobre as próximas produções, mas é com um artista renomado, inclusive era meu sonho cantar com essa pessoa”, conta.

Outro desejo da adolescente é cantar no trio elétrico, marco importante da cultura popular baiana e que lança e potencializa carreiras de muitos artistas locais, geralmente no carnaval. 

Cacá Magalhães, 14 anos, é nova sensação da música nacional
Cacá Magalhães, 14 anos, é nova sensação da música nacional. (Divulgação)

VIDA FORA DOS PALCOS

Quando não está cantando, a adolescente gosta de surfar - talvez por isso um dos sonhos dela seja conhecer o Havaí. Na lista dos hobbies também estão: ficar com os amigos, conversar, se divertir, ouvir canções e… cantar. É como ela se define, mostrando que a conexão com a música é inseparável. Na escola, a artista afirma que a vida corrida a faz sempre precisar da segunda chamada, mas ela garante que as notas são boas.

Durante o isolamento social, Cacá tem usado a música para superar a saudade dos palcos e da vida social. “Está sendo um momento em que eu estou muito sentimental. Aí eu ouço muita música e converso com meus amigos”, destaca. A volta aos palcos tem sido planejada. Respeitando as orientações dos órgãos de saúde, alguns shows têm sido organizados.

Com os fãs, a cantora diz que ama a interação pelas redes sociais e se sente estimulada por eles. “Me sinto muito grata por todo o carinho que as pessoas têm comigo”. 

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*Israel Zuqui é aluno do 23° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob orientação do editor Erik Oakes

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