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Jovens criam site 'Adote um currículo' para ajudar quem perdeu emprego

Jovens criam site "Adote um currículo" para ajudar quem perdeu emprego

Perfis estão cadastrados na plataforma e quem quiser “adotar” um currículo precisa divulgar o documento em suas redes sociais

Publicado em 28 de abril de 2020 às 17:30

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Paulo Silva, criador do site
Paulo Silva, criador do site "Adote um currículo". (Acervo pessoal)

Uma iniciativa para ajudar as pessoas que perderam o emprego por conta da crise do coronavírus a se recolocarem no mercado de trabalho. Este é o objetivo do site “Adote um currículo” , uma plataforma que reúne vários perfis profissionais que buscam uma nova oportunidade.

A pessoa que quiser “adotar” um currículo precisa divulgar o documento em suas redes sociais. Ao acessar a página, basta apenas clicar em um dos ícones (LinkedIn, Facebook, WhatsApp e Twitter), que estão presentes no card de cada pessoa. É necessário usar a hashtag #adoteumcv. A proposta é dar mais visibilidade a esses profissionais, ampliando a possibilidade deles serem contratados por alguma empresa.

A ideia surgiu durante uma conversa entre os amigos Paulo Silva e Rodrigo Chiesa, de São Paulo, que perceberam um grande número de pessoas que ficaram disponíveis no mercado por conta da pandemia.

“Passamos por um momento bastante difícil e criamos essa plataforma para ajudar quem mais precisa nesse momento. Nossa iniciativa tem como objetivo criar uma corrente nas redes sociais para que esses profissionais consigam recomeçar”, comenta Silva.

Ele é profissional da área de tecnologia da informação e explica que consolidou os dados por meio de planilhas divulgadas publicamente no LinkedIn e que continham profissionais desligados desde março, quando começou o isolamento social.

“Usamos como base o volume de profissionais desligados de startups. Uma delas era do setor de viagem e demitiu em massa nesse período. Isso ajudou na elaboração dos dados iniciais. Carregamos essas informações, que viralizaram em apenas dois dias. Só para se ter uma ideia, no primeiro dia eram 30 cadastros e no outro passou para 200. Hoje, são mais de 2 mil pessoas registradas na plataforma”, explica.

Silva informa que o site é usado apenas para ajudar as pessoas por meio de uma mecânica viral e solidária. A plataforma entrou no ar no dia 17 de abril e já passou de 4 mil adoções.

“A média diária é de 1.500 pessoas que querem ‘adotar’ um currículo. Inicialmente, somente nossos amigos faziam esse compartilhamento e quando outras pessoas passaram a fazer o mesmo, percebemos que a ideia pegou”, destaca.

O site permite que os profissionais possam cadastrar seus currículos e aguardar por alguém que os adote.

“Nossa melhor satisfação é quando sabemos que alguém que estava em nossa plataforma se recolocou. A nossa intenção é retribuir um pouco do que a internet nos deu de conhecimento e desenvolver isso durante a crise foi algo bastante recompensador”, finaliza.

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