Terceira Ponte: redução de acidentes começa a validar a reforma

Em pouco menos de um mês, após a  inclusão da terceira faixa nos dois sentidos, ocorrências caíram pela metade na comparação com o mesmo período do ano passado

Publicado em 29/09/2023 às 01h05
Ponte
Nova configuração de pistas da Terceira Ponte. Crédito: Vitor Jubini

Em menos de um mês, no intervalo entre os dias 26 de agosto e 20 de setembro deste ano, os dados da Rodosol mostram uma significativa redução no número de acidentes na Terceira Ponte, com 16 ocorrências, após a inclusão da terceira faixa nos dois sentidos. No mesmo período de 2022 foram registrados 32 acidentes, ou seja, caíram pela metade.

Esse cenário  começa a validar a ampliação da estrutura, cujas obras foram cercadas de controvérsia. Obviamente, um mês ainda é pouco para confirmar os impactos da reforma na mobilidade, mas já é possível começar a dimensioná-los. 

A repórter Any Cometti, da TV Gazeta, fez a travessia de ida e volta na última segunda-feira (25) entre Vitória e Vila Velha no horário de pico, em um dia útil, em menos de 30 minutos. Fez registros do trânsito fluindo com mais facilidade nos acessos e entrevistou usuários, que não foram unânimes quanto à melhoria do trânsito.

Mas a sensação é a de que a intervenção está, de fato, reduzindo o caos, com os gargalos se desfazendo mais rápido. E facilitando a vida de quem usa o transporte coletivo, que conta com faixa exclusiva. Um dos entrevistados afirmou que o tempo do trajeto de ônibus foi reduzido em 30 minutos. Contudo, o governo estadual precisa contabilizar esses efeitos da reforma com regularidade, para que existam parâmetros comparativos do impacto da ampliação.

Outro ponto positivo diz respeito aos próprios acidentes. Antes uma ocorrência sem gravidade ou mesmo um carro quebrado empacava o trânsito. Hoje, não mais. A ampliação está garantindo mais fluidez mesmo nos momentos críticos.

Paralelamente, a Ciclovia da Vida, que também completou um mês de funcionamento, conseguiu atrair a curiosidade dos ciclistas, com 52 mil passagens registradas — o governo calculou a metade desse número, 26 mil, como o total de ciclistas que usaram a via entre a inauguração e o último dia 20. "Mais de mil pessoas usando por dia. No Bike GV, eram cerca de 450 pessoas. Aos finais de semana, quintuplica, sextuplica esses números", disse o secretário de Mobilidade e Infraestrutura do Espírito Santo, Fábio Damasceno.

A nova Terceira Ponte, para motoristas, motociclistas, usuários do transporte público e ciclistas, aponta para um futuro promissor com as intervenções que foram realizadas para modernizá-la. Fato é que o crescimento populacional na região metropolitana provocou a saturação da estrutura e criou novos gargalos de mobilidade. Algo precisava ser feito. A reforma, com a ampliação do número de faixas, foi uma alternativa viária que se mostrou viável. Pode não resolver todos os problemas, mas se conseguir reduzi-los já fará a diferença.

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