Saldanha, Mercado da Capixaba, Carlos Gomes: é tempo de reavivar o Centro de Vitória

Preciosidades arquitetônicas da cidade, prédios históricos que passam por reformas ou estão em vias de serem revitalizados devem mostrar que passado e presente podem conviver em harmonia, sem abandono e degradação

Publicado em 06/07/2022 às 02h00
Vista aérea
Penedo, Baía de Vitória e Saldanha da Gama. Crédito: Luciney Araújo

Basta olhar para a foto acima: não é exagero bairrista dizer o quanto a cidade de Vitória é privilegiada, emoldurada pelo Penedo e pela Baía de Vitória. Se a natureza foi generosa, a mão do homem também cumpriu um trabalho que deixa marcas no Centro de Vitória, com edificações históricas que passam ou em breve passarão por reformas.

A antiga sede do Saldanha da Gama, com obras do governo do Estado em andamento que vão transformar o local  na Casa do Turismo Capixaba, já se prepara para abrir suas portas em setembro, com um bistrô e uma cervejaria. Uma boa notícia após muitas idas e vindas e indefinições sobre a destinação do prédio, um marco arquitetônico imponente diante de um marco natural da Grande Vitória, o Penedo. O local está sem uso desde 2013, um desperdício turístico e de lazer que está prestes a ser corrigido.

Ao adentrar o Centro de Vitória, pela Avenida Princesa Isabel, um pouco mais à frente encontra-se o Mercado da Capixaba, um espaço também abandonado nas últimas décadas. A restauração do prédio quase centenário, que será transformado em um espaço de convivência, cultura, lazer e gastronomia, foi autorizada no dia 25 de junho, com a assinatura da ordem de serviço pela Prefeitura de Vitória. As obras a serem iniciadas em agosto devem custar R$ 9 milhões aos cofres municipais, com previsão de entrega em dois anos.

Dois anos também são o prazo de finalização da reforma do Teatro Carlos Gomes, na Praça Costa Pereira, a ser executada com R$ 20 milhões de recursos da iniciativa privada, de acordo com a Secretaria Estadual de Cultura (Secult). O espaço tradicional das artes e dramaturgia do Estado está fechado desde 2017 por problemas no ar-condicionado e no telhado. É um símbolo do Centro de Vitória que não pode ficar fechado tanto tempo.

São três ícones capixabas incontestáveis, que se confundem com o Espírito Santo do século 20. Ao serem recuperados, ajudam a dar mais vida ao seu entorno, criando importantes espaços de convivência e atraindo as pessoas para o Centro.  Preciosidades arquitetônicas da cidade, esses prédios históricos que passam por reformas ou estão em vias de serem revitalizados devem mostrar que passado e presente podem conviver em harmonia, sem abandono e degradação. Vitória merece esse cuidado.

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