Publicado em 1 de abril de 2020 às 10:36
Grandes varejistas e empresas de eletroeletrônicos foram ao Ministério da Economia e ao Banco Central reclamar da alta nas taxas de juros e da escassez de crédito nos grandes bancos após o agravamento dos danos econômicos causados pelo coronavírus no país.>
A Folha de S. Paulo mostrou na semana passada relatos de empresas com dificuldades de acesso a empréstimos, que estavam mais caros.>
Mesmo clientes de menor porte que tentavam postergar duas prestações, como anunciado pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), relataram dificuldades. A Febraban nega.>
Desde o início do surto da covid-19, o BC liberou R$ 1,2 trilhão para o sistema financeiro, mas o dinheiro não chega a empresas e consumidores, reclamam as entidades. Embora evite comentar o assunto oficialmente, o Ministério da Economia reconhece haver uma rápida deterioração das condições de crédito.>
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Há preocupação, inclusive, em relação ao menor acesso a empréstimos ao longo das últimas semanas.>
Em carta enviada ao BC e à Economia, associações do varejo reclamaram de aumento de até 70% nos juros. A piora nas condições é vista nas principais linhas de crédito.>
"Entendemos que, num momento de crise, as medidas adotadas pelo BC devam caminhar juntas com as instituições financeiras", afirmam entidades de varejo em carta enviada a autarquia.>
A iniciativa foi liderada pela Abrasce (shopping centers), mas foi endossada por IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e ABF (Associação Brasileira de Franshising).>
"É preciso que o recurso disponibilizado ao pequeno empresário chegue sem burocracia e papelada. Nosso recado é para governo federal, não para o sistema financeiro", diz Glauco Humai, presidente da Abrasce, associação que representa 577 shoppings centers.>
Varejistas reclamam também no aumento de pedidos de garantias e endossaram a proposta de que maquininhas de cartões sejam usadas para concessão de crédito. >
Outro setor que foi reclamar com o governo foi o de fabricantes de equipamentos eletroeletrônicos (a Eletros). >
A entidade afirma que o sistema bancário não tem proporcionado liquidez, o que tem inviabilizado suporte ao capital de giro das empresas. Procurado, o Ministério da Economia afirmou que o BC deve responder sobre o tema. Já o BC disse que está analisando todos os pleitos que tem recebido. >
A Febraban não se posicionou até a conclusão desta reportagem. >
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