Publicado em 2 de outubro de 2019 às 18:44
O primeiro turno de votação da reforma da Previdência no Senado foi concluído na tarde desta quarta-feira (2). Com um texto mais desidratado, a economia prevista caiu mais uma vez, agora para R$ 800,3 bilhões em dez anos. Quando a proposta foi entregue pelo governo, a previsão era de R$ 1 trilhão e após a passagem pela Câmara já havia caído para R$ 933 bilhões. Agora, ele segue para o segundo turno no Senado e, caso passe, será promulgado e já começa a valer.>
O texto principal da proposta que modifica as regras para se aposentar no Brasil foi aprovado em primeiro turno na última terça-feira (1º) por 56 votos a favor e 19 contra. Já os destaques terminaram de ser analisados pelo Senado na tarde desta quarta.>
Dos dez destaques da proposta inicial, apenas um foi mantido pelo Senado, o que mantém o pagamento do abono salarial para quem ganha até dois salários mínimos. Apenas essa mudança diminui a economia prevista para os cofres públicos nos próximos dez anos em R$ 76,4 bilhões, chegando aos R$ 800 bilhões. >
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Durante o segundo turno no Senado as bancadas apresentarão novos destaques. Com isso, elas podem reformular propostas já apresentadas em primeiro turno, mas que foram rejeitadas ou excluídas.>
Isso que dizer que mudanças ainda podem ocorrer na regra de concessão do abono salarial para trabalhadores de baixa renda pagos com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), tornando o benefício mais restrito e aumentando, novamente, a economia prevista na Previdência com a reforma. >
O relatório para o segundo turno está pronto e a votação está prevista para ser realizada até o dia 10 de outubro. Porém, esse cronograma se tornou incerto devido à pressão dos senadores pela divisão de recursos do megaleilão de petróleo do pré-sal.>
Sendo aprovado em segundo turno, o texto já será promulgado e os principais pontos, como idade mínima, tempo de contribuição e tempo de transição de quem já está mais perto de se aposentar, começam a valer imediatamente. Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o projeto de reforma não precisa ser sancionado pelo presidente e é promulgado pelo Congresso. >
Se aprovada em segundo turno, a reforma criará uma idade mínima de aposentadoria no Brasil. Quando o tempo de transição for encerrado, a possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição não existirá mais. A idade mínima será de 62 anos para mulheres e de 65 para homens. Ela vale tanto para a iniciativa privada quanto para servidores públicos.>
Outro ponto que muda é o tempo mínimo de contribuição que será de 15 anos para mulheres e 20 para homens. Para quem já está no mercado de trabalho, porém, o tempo mínimo de contribuição será de 15 anos para homens e mulheres, segundo as mudanças aprovadas pelo plenário da Câmara.>
Confira infográfico que mostra as mudanças previstas no sistema de aposentadoria para servidores federais e para a iniciativa privada.>
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