> >
Receita publicitária do Facebook cresce 22% apesar de boicote de anunciantes

Receita publicitária do Facebook cresce 22% apesar de boicote de anunciantes

A estimativa feita pela S&P Capital IQ era que a receita do Facebook ficasse em US$ 19,8 bilhões (R$ 114 bilhões)

Publicado em 30 de outubro de 2020 às 11:50

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Facebook
Facebook registrou alta de 22% em suas receitas. (Reuters/Folhapress)

Mesmo com o boicote de anunciantes, a receita do Facebook cresceu acima do esperado por analistas no terceiro trimestre. A companhia registrou alta de 22% em suas receitas, na comparação com o mesmo período de 2019, atingindo valor de US$ 21,5 bilhões (R$ 123,8 bilhões).

A estimativa feita pela S&P Capital IQ, segundo o jornal britânico Financial Times, era que a receita do Facebook ficasse em US$ 19,8 bilhões (R$ 114 bilhões).

Em junho, grandes marcas, como Coca-Cola e Unilever, anunciaram a suspensão de seus anúncios em redes sociais, como Facebook e Twitter. A medida das marcas é um marco na escalada de esforços dos anunciantes para que as companhias tecnológicas adotem mudanças em relação ao conteúdo publicado nas redes. A iniciativa quer que as companhias façam mais para impedir o discurso de ódio.

Desde que o movimento surgiu, analistas reduziram suas projeções para o Facebook. A publicidade faz parte de quase toda a receita da marca, chegando a 98,8% do total no terceiro trimestre deste ano.

A expectativa é que o quarto trimestre traga resultados ainda melhores, disse a companhia em seu relatório de divulgação de resultados. "Esperamos que a taxa de crescimento da receita de anúncios do quarto trimestre seja maior do que a taxa do terceiro, impulsionada pela forte demanda de anunciantes durante a temporada de férias."

A procura por publicidade na plataforma, ainda segundo a empresa, é resultado da uma transferência do comércio offline para o online durante a pandemia. Nas conferência com o mercado para comentar os resultados do trimestre, o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, enfatizou que a plataforma está focando energias em construir um espaço para o comércio eletrônico.

No período, a companhia também registrou lucro líquido de US$ 7,84 bilhões (R$ 45,1 bilhões), uma alta de 29% na comparação com o mesmo período de 2019.

Em relação aos usuários, tanto a base diária quanto a mensal ativa tiveram crescimento de 12% na relação ano a ano. No primeiro caso, foram registrados globalmente 1,82 bilhão de pessoas ativas na rede, contra 1,62 bilhão em 2019. Apesar disso, no recorte Estados Unidos e Canadá, o Facebook perdeu aproximadamente 2 milhões de usuários diários entre o segundo e o terceiro trimestre de 2020.

Em relação à base total de usuários mensais da rede, a plataforma fechou com 2,74 bilhões de pessoas ativas no período, contra 2,44 bilhões nos mesmos meses no ano passado. Também houve queda de 1 milhão de usuários no recorte EUA e Canadá.

Para a empresa, a retração de usuários nesses dois países se explica porque houve um pico de adesão no trimestre passado, causado pelo isolamento social durante a pandemia da Covid-19, seguido de um ajuste. A projeção da companhia é que o número nesses locais fique entre uma estabilidade ou pequena queda nos meses de outubro a dezembro de 2020.

RAIO-X DO FACEBOOK

NO 3º TRI Lucro líquido: R$ 45,1 bilhões

Receita operacional: R$ 123,8 bilhões

Valor de mercado: R$ 4,60 trihões

Principais concorrentes: Twitter, Snapchat (redes sociais); Telegram (aplicativo de conversa por celular)

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais