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Possível demissão de Mandetta reduz alta da Bolsa e queda do dólar

Possível demissão de Mandetta reduz alta da Bolsa e queda do dólar

O Ibovespa, que subia mais de 8% no pregão, reduziu alta para 6,5% no fechamento, a 74 mil pontos. O dólar, que foi a R$ 5,2260 na mínima do dia, fechou a R$ 5,2910, queda de 0,67%

Publicado em 6 de abril de 2020 às 19:11

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A Bolsa de Valores brasileira reduziu o movimento de alta nesta segunda-feira (6) com a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro avalia demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e considera substituí-lo por um nome que seja defensor da utilização da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus.

Bolsas de valores começaram o dia em alta após uma segunda-feira de caos
Mercado reagiu aos bastidores do Planalto sobre uma possível demissão do ministro da Saúde. (Pixabay)

Nesta segunda, o presidente almoçou com o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), cotado para o lugar de Mandetta. Segundo assessores presidenciais, o parlamentar, ex-ministro da Cidadania, tem ajudado o presidente a encontrar um nome de peso para o posto que reduza o desgaste público de uma eventual saída do atual ministro.

Mandetta tem apoio da maior parte da população segundo pesquisa Datafolha, sendo mais bem avaliado que o presidente Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19.

O Ibovespa, que subia mais de 8% no pregão, reduziu alta para 6,5% no fechamento, a 74 mil pontos. O dólar, que foi a R$ 5,2260 na mínima do dia, fechou a R$ 5,2910, queda de 0,67%.

Na última sexta (3), a moeda americana bateu novo recorde nominal (sem contar inflação), a R$ 5,3270.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, Wall Street ampliou ganhos ao fim da sessão. Dow Jones subiu 7,7%, S&P 500, 7% e Nasdaq, 7,3%. Na sessão, investidores foram às compras com a desaceleração da Covid-19 na Europa.

No domingo (5), a Espanha divulgou o menor crescimento de mortes diárias em nove dias: 674 em 24 horas, elevando o total para 12.418. O número de novas infecções subiu 5%, também a menor taxa de crescimento desde o começo da crise.

Na Itália, que completa um mês de quarentena na próxima quinta (9), também caiu o número diário de internações em hospitais em UTI.

A França também divulgou número menor de mortes: 357, elevando o total a 5.889. Nas 24 horas anteriores, 441 pessoas haviam morrido.

A desaceleração acontece também em países que têm intensificado o número de testes (o que aumenta o número de confirmações), como a Alemanha, que registrou números menores de novos casos em três dias seguidos.

Do sábado para domingo, foram 5.936 casos confirmados, elevando o total para 91.714, quarto maior número no mundo. Na véspera, o número de casos havia subido 6.082, e, de quinta para sexta, 6.174.

O número de mortes nas últimas 24 horas subiu para 184, depois de vários dias estacionado em 140. São 1.474 mortos até agora, nono maior número global.

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"O que vimos nos últimos dias foi um grande pânico tanto das pessoas de serem infectadas pelo novo coronavírus quanto do mercado. E isso se refletiu na Bolsa. Hoje vimos o mercado avançando porque viu uma luz no fim do túnel, com a notícia de possível achatamento da curva de contaminados, bem como pela continuidade de anúncios de Governo e Bancos Centrais pelo mundo de ações para estimular as economias", diz Matheus Soares, analista da Rico Investimentos.

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