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Mais de 1/3 das indústrias continuarão com exportação afetada por pandemia

Mais de 1/3 das indústrias continuarão com exportação afetada por pandemia

Do total de 152 empresas que exportam e que foram entrevistadas, 36% delas afirmaram que continuarão sentindo impactos negativos em suas vendas

Publicado em 9 de julho de 2020 às 09:22

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Indústria moveleira aposta em crescimento em 2020 com aprovação de reformas do governo
A indústria perdeu em 3 meses toda a produtividade que levou 2 anos para conquistar. (Rimo)

As vendas de produtos de mais de um terço das indústrias brasileiras para o exterior deverão continuar afetadas nos próximos 60 dias devido à pandemia do novo coronavírus, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Diferente do agronegócio que vive um recorde de vendas para fora, principalmente devido ao apetite chinês, o setor industrial sofre para manter seu fluxo comercial de pé. Não é a toa que a indústria perdeu em 3 meses toda a produtividade que levou 2 anos para conquistar.

Do total de 152 empresas que exportam e que foram entrevistadas pela entidade, 36% delas afirmaram que continuarão sentindo impactos negativos em suas vendas. Os principais países onde a comercialização deverá cair são Argentina, Chile e Estados Unidos.

O estudo mostrou também que, nos meses de abril e maio, mais da metade das companhias consultadas (57%) apresentaram números vermelhos nas suas vendas para o exterior. Para cerca de 36 empresas, isso significou uma redução de mais 50% do valor exportado.

Em relação à importação, das 131 consultadas, 36% delas também disseram que deverão reduzir suas compras nos próximos 60 dias. Os países que sofrerão com esse movimento são China, Estados Unidos e Alemanha.

Em abril e maio, 70% das indústrias importadoras tiveram retração nos valores dos produtos comprados de fora.

Sobre fazer investimentos no exterior, nenhuma das companhias entrevistadas afirmou prever um aumento nos aportes, sendo que quase metade (49%) espera por uma redução. Com isso, a previsão é que esse menor fluxo de dinheiro afete principalmente a China, os EUA e o México.

O levantamento mostrou ainda que, tanto para companhias que usam transporte marítimo quanto para as que adotam o aéreo, as maiores preocupações, desde março, estão relacionadas à redução na frequência de viagem e aumento do valor do frete.

Para as entrevistadas, a facilitação e desburocratização do comércio exterior deveria ser a prioridade da entidade junto ao governo. Atrás aparece a necessidade por desenhos de acordos comerciais.

A balança comercial brasileira encerrou o primeiro semestre de 2020 com superávit de US$ 23 bilhões. Embora siga em patamar positivo, o saldo é 10,3% mais fraco do que o registrado nos primeiros seis meses de 2019.

Na comparação com o ano passado, o valor das exportações brasileiras caiu 6,4%. Também houve queda nas importações, de 5,2%.

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