Publicado em 29 de junho de 2020 às 15:18
A situação da indústria brasileira neste momento e pandemia é muito ruim, com cerca de 60% do setor trabalhando com ociosidade da sua capacidade instalada, disse nesta segunda-feira (29), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, participante de uma live organizada pela Editora Globo. O evento também conta com participações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux.>
De acordo com Andrade, os segmentos da indústria considerada essenciais, com a de alimentos, por exemplo, até têm trabalhado mais que o normal para atender ao aumento da demanda. "O auxílio emergencial de R$ 600,00 ajudou aumentar a demanda de produtos essenciais", disse.>
Mas o resto da indústria, segundo Andrade, tem vivido uma situação muito ruim. Ele aponta como setores que estão enfrentando dificuldades os segmentos de eletrodomésticos e mobiliários, entre outros.>
O presidente da CNI elogiou a regulamentação da MP 936 que permitiu a redução da jornada de trabalho e salários por ela propiciar que as empresas possam segurar os empregos de todos os setores da economia, mas especialmente da indústria, que trabalha com funcionários de elevada qualificação.>
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Por outro lado, criticou Andrade, os micros e pequenos empresários da indústria, que mais emprega, estão enfrentando dificuldades para acessar o crédito que foi liberado pelo governo. "Muito pouco do crédito tem chegado para os micros e pequenos empresários da indústria. Até começo de junho só R$ 3 bilhões foram liberados", disse.>
De acordo com ele, se esses empresários chegarem ao ponto de pedir recuperação judicial, nunca mais eles voltarão para suas atividades porque, de acordo com Andrade, a Receita Federal Brasileira passa a tratar quem pede recuperação judicial como mau pagador. >
"Se esse empreendedor quebra, fica quebrado para sempre. Falamos muito dos EUA, mas lá o Walt Disney quebrou quatro vezes antes do sucesso. Temos exemplos do Donald Trump. Aqui, se o empresário quebra, a Receita o condena", comentou. "Agora estamos esperando que o fundo garantidor de crédito seja regulamentado até o fim deste mês como foi prometido", disse o presidente da CNI. >
Para ele é preciso que haja garantias do crédito pelo Tesouro para que os micros e pequenos empresários não cheguem ao ponto de quebrarem.>
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