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Pandemia faz vendas de celulares caírem 8,7% no 1º trimestre de 2020

Pandemia faz vendas de celulares caírem 8,7% no 1º trimestre de 2020

Na crise, os brasileiros também optaram por adquirir celulares mais baratos. Estudo aponta que  foram comercializados 10,4 milhões de celulares, número inferior ao ano passado

Publicado em 4 de julho de 2020 às 11:07

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Celular
A alta do dólar fez os produtos ficarem mais caros. (Pixabay)

O mercado de celulares no Brasil registrou queda no primeiro semestre causada pela pandemia de coronavírus, afirmou uma pesquisa conduzida pela consultoria IDC. Segundo o estudo, foram comercializados 10,4 milhões de celulares, 8,7% menos do que no mesmo período do ano passado.

Entre os tipos de aparelhos, 9,8 milhões foram smartphones, queda de 7,8%. Outros 544 mil foram feature phones - celulares mais simples, com botões físicos -, retração de 22,4% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

Na crise, os brasileiros também optaram por adquirir celulares mais baratos. Os mais vendidos - cerca de 5,1 milhões unidades - foram os chamados intermediários premium, com preço entre R$ 1.000 e R$ 2.000. A alta do dólar fez com que mesmo esses modelos também chegassem mais caros na prateleira em relação a 2019.

"Os fabricantes que não dependem de componentes fabricados na China não foram tão afetados com o lockdown em Wuhan, epicentro da doença, e equilibraram melhor o seu estoque. Já aqueles que possuem uma dependência maior dos componentes chineses foram impactados e os efeitos chegaram ao varejo", afirma Renato Meireles, analista da IDC.

MERCADO CINZA

O mercado cinza, de produtos com origem duvidosa, esteve na contramão e teve números expressivos. Segundo a pesquisa, o aumento nas vendas foi de 135% - foram 1,1 milhão de aparelhos comercializados e preços até 10% mais baratos do que no varejo.

"O maior movimento foi em janeiro, consequência dos lançamentos mundiais. Nos meses seguintes, com o fechamento das fábricas chinesas, houve queda no abastecimento e nas vendas", explica Meireles.

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Para o segundo trimestre, é esperada uma queda de 32% nas vendas, em relação ao ano passado, resultado do fechamento do varejo na quarentena. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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