Quatro pessoas foram condenadas na noite desta quarta-feira (17) pelo assassinato de um barbeiro de 18 anos em Nova Palestina, Vitória. Entre os réus estava Fernando Moraes Pereira Pimenta, o Marujo, que recebeu uma pena de 34 anos e 10 meses de prisão. Ele permanece detido no presídio federal de Catanduva, no Paraná desde 2024, de onde participou do júri popular por videoconferência.
Após 14 horas de trabalho, o Tribunal do Júri de Vitória decidiu pelas seguintes condenações:
- Fernando Moraes Pereira Pimenta, o Marujo - 34 anos e 10 meses
- Thiago Henrique Ferreira dos Santos Quintino, o Banguela ou BG - 25 anos e 1 mês
- Marcos Antônio Barbosa Passos, o Feinho ou Feio - 32 anos e 3 meses
- Alan Tiago de Souza, o Neguinho São Pedro - 27 anos e 1 mês
Os quatro já estavam no sistema prisional e vão permanecer detidos cumprindo suas penas.
O júri estava previsto para terminar na próxima sexta-feira (19), mas um acordo com a equipe do presídio permitiu que o horário do julgamento fosse ampliado. Em uma condição normal, os trabalhos teriam que ser suspensos às 18 horas, em decorrência da rotina administrativa da unidade prisional.
A solicitação foi feita pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória, Carlos Henrique Rios do Amaral Filho, que preside o Tribunal do Júri, e aceita pela equipe da unidade prisional, que viabiliza a participação do detento por videoconferência.
O crime do barbeiro
O assassinato ocorreu em 9 de fevereiro de 2021. Maiky Ferreira dos Santos Pereira, de 18 anos, foi surpreendido por quatro traficantes rivais em seu local de trabalho, uma barbearia em Nova Palestina, Vitória. Ele foi morto com disparos de arma de fogo.
Denúncia à Justiça do Espírito Santo relata que o ataque, que tinha o objetivo de garantir a hegemonia da comercialização de drogas na região, foi determinado por Fernando Moraes Pereira Pimenta, o Marujo.
A execução do crime foi feita por três pessoas e com a participação de um menor. De acordo com o texto ministerial, todos faziam parte do mesmo grupo criminoso — o Trem Bala — que atuava com o tráfico de drogas em bairros de Vitória. Após o ataque, todos fugiram do local.
As defesas dos quatro denunciados pelo crime foram realizadas por advogados indicados pela Justiça estadual, para atuar no dia do julgamento, segundo decisões presentes no andamento processual. Eles não foram localizados, mas o espaço segue aberto à manifestação.
LEIA MAIS COLUNAS DE VILMARA FERNANDES
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.
