Até o final de agosto foram registrados no Espírito Santo pelo menos um caso por dia de maus-tratos a animais. Mas os dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) estimam que o número pode ser ainda maior, considerando que uma mesma ocorrência pode incluir várias espécies. As situações mais frequentes envolvem cães.
O total chegou a 371 ocorrências nos primeiros oito meses deste ano. No mesmo período do ano passado foram 297. A frequência de casos foi maior em dois meses, com os maiores volumes de registros dos últimos três anos: junho, com 60 casos, e julho com 58.
Por trás dos números estão cenários de abandono, como o encontrado no bairro Cohab, em São Mateus, Norte do Estado. Lá foram resgatados em agosto 22 cães vivendo em um ambiente insalubre e debilitados pela má alimentação.
Em junho, uma operação da Polícia Civil localizou 41 animais em situação de confinamento em um criadouro clandestino localizado em Anchieta, no Sul do Estado.
O levantamento aponta os tipos de violências mais frequentes. Entre eles estão:
- Envenenamento
- Abandono - principalmente no período de férias
- Falta de alimentação e higiene
- Confinamento em lugares não favoráveis para vida
- Atropelamento
- Espancamento/agressão - com chutes, pedaço de madeira, água quente, facão
Em 2024 o número total de casos (420) foi cerca de 8% maior do que o ano de 2023 (389).
Os animais e as cidades
Dos 371 casos, um total de 287 envolveram cachorros. Os maus-tratos, que é considerado crime com punição de multa a prisão, atingiram ainda pássaros, gatos, entre outros bichos.
O levantamento aponta ainda as cidades que atingiram até dez registros. São elas:
- Vila Velha - 52
- Serra - 30
- Vitória - 29
- Cariacica - 25
- Cachoeiro de Itapemirim - 18
- Guarapari - 18
- Colatina - 13
- Nova Venécia - 12
- Anchieta - 10
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