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Quem apoia quem na eleição para o Senado no ES

O ex-senador Magno Malta (PL) e a senadora Rose de Freitas (MDB) lideram a corrida

Vitória
Publicado em 29/08/2022 às 11h16
Candidatos ao Senado Federal do Espírito Santo
Candidatos ao Senado Federal do Espírito Santo. Crédito: Arte/Geraldo Neto

O ex-senador Magno Malta (PL) lidera as pesquisas de intenção de voto na corrida pelo Senado no Espírito Santo, empatado tecnicamente com a senadora Rose de Freitas (MDB). Entre os partidos que o apoiam há apenas a legenda dele mesmo e o PTB.

O principal cabo eleitoral de Magno, o que ele faz questão de enfatizar, é o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). 

Quando esteve no Espírito Santo, em julho, o presidente mencionou o ex-senador em discurso. Bolsonaro mandou um recado enviesado, claramente referindo-se ao aliado, afirmou que todos merecem "perdão" e "uma segunda chance".

Magno utiliza nas redes sociais fotos e vídeos ao lado do presidente e, na campanha, repete palavras de ordem do bolsonarismo, como ao dizer que a eleição é uma "guerra espiritual". O candidato ao Senado, também cantor gospel, apela ao eleitorado evangélico para se manter relevante.

Ele tem o apoio, por exemplo, do pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, que até atacou outro pastor candidato, Nelson Junior (Avante), para pedir votos para Magno.

O ex-senador, por sua vez, apoia o ex-deputado federal Carlos Manato, também do PL, na corrida pelo governo do Espírito Santo. A exemplo de Magno, Manato calca-se no bolsonarismo.

Magno tem ainda o endosso de um ex-aliado, que agora se reaproxima: o deputado federal Neucimar Fraga (PP).

O ex-senador também é apoiado pela Associação ProArmas, que defende a ampliação da posse do porte de armas de fogo no país.

Os suplentes de Magno são a professora de Ensino Fundamental Marcinha Macedo e o Tenente Emerson, ambos do PL.

ROSE DE FREITAS 

Rose está no palanque do governador Renato Casagrande (PSB), que tenta a reeleição. A parlamentar também exibe o apoio de ao menos 65 prefeitos. Conquistou um recentemente, o chefe do Executivo de Viana, Wanderson Bueno (Podemos).

A senadora reúne a maior coligação, formada, além de MDB e PSB, por PP, Podemos, PT, PCdoB, PV, PSDB, Cidadania, Pros e PDT.

Nem todos os integrantes dessas legendas estão com ela, entretanto. 

O partido de Rose tem candidata à Presidência da República, a senadora Simone Tebet, mas o PT garante que, na prática, a senadora do Espírito Santo está com Lula.

Como suplentes, ela escolheu duas ex-prefeitas, Solange Lube (MDB), de Viana, e Vera Costa (PDT), de Guaçuí.   

ERICK MUSSO

O presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), entrou na disputa pelo Senado após uma reviravolta. Ele substituiu o correligionário Sérgio Meneguelli, que acabou rifado pelo próprio partido.

Erick está no páreo com o apoio de PSC e Patriota. Seu maior trunfo, entretanto, é o União Brasil do deputado federal Felipe Rigoni, o que ajuda a turbinar o tempo que o candidato ao Senado tem no horário eleitoral.

Alguns desertores da aliança partidária de Rose estão com Erick, como o deputado estadual Marcelo Santos (Podemos) e o deputado federal Da Vitória (PP).

O principal aliado de Erick, que anda com ele para cima e para baixo e aparece nas redes sociais do candidato tanto quanto o próprio é o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos).

A prefeitura da Capital é a principal vitrine do Republicanos no estado. Quando Erick ainda era pré-candidato ao Palácio Anchieta, Pazolini já o incluía em agendas oficiais. Agora, vai com ele a feiras e a eventos fora da cidade também.

O presidente da Assembleia não declarou apoio a nenhum candidato ao governo do estado. O partido dele integra a coligação de Bolsonaro, mas Erick tenta não atrelar sua imagem ao presidente da República.

O candidato ao Senado, entretanto, é conservador e disputa o mesmo nicho que Magno, mostrando-se sempre cercado de pastores e religiosos.

Erick ascendeu na política com o apoio do ex-governador Paulo Hartung (na época filiado ao MDB). Hoje, o ex-governador não apoia ninguém publicamente no estado.

Os suplentes de Erick são o produtor agropecuário Edimar e a administradora Bruna Raphaela. Os dois são do Republicanos.

CARONE

Outro postulante à cadeira é o empresário Idalécio Carone (Agir), que está isolado, conta apenas com o próprio partido e não tem espaço no horário eleitoral. 

Ele até pontuou na última pesquisa Ipec, empatado tecnicamente com Erick. Na urna, ele usa apenas o sobrenome.

Informalmente, já que o partido não está coligado para o governo, Carone apoia o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede) para o Palácio Anchieta.

Os suplentes dele são os empresários Cezar Assreuy e Luciano Xerox, do Agir.

NELSON JUNIOR

O pastor Nelson Junior (Avante) também está com Audifax. Partidariamente, entretanto, está isolado e com pouco tempo no horário eleitoral.

Nelson Junior, criador da campanha Eu Escolhi Esperar, que prega a abstinência sexual até o casamento, é uma espécie de popstar nas redes sociais e conta com isso para se fazer ouvir.

Silas Malafaia já o considera uma ameaça a Magno, apesar de o pastor ter alcançado apenas 1% no último Ipec.

O candidato do Avante não revela em quem vai votar para presidente da República, mas tem o perfil dos eleitores de Jair Bolsonaro.

Os suplentes dele são o presidente estadual do Avante, Marcel Carone, e o empresário Romeu Rocha.

Outros quatro candidatos ao Senado estão isolados em partidos pequenos e sem apoios de destaque: Gilberto Campos (PSol); Filipe Skiter (PSTU), Antonio Bungestab (PRTB) e Coronel Lugato (DC).

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