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Valores cristãos e voz baixa: as estratégias dos candidatos ao governo do ES na TV

Horário eleitoral gratuito começou nesta sexta-feira (26). Aridelmo, Audifax, Guerino, Manato e Casagrande apresentam suas armas

Vitória
Publicado em 26/08/2022 às 14h33
Atualizado em 26/08/2022 às 15h32
Aridelmo Teixeira, Audifa Barcelos, Guerino Zanon, Carlos Manato e Renato Casagrande no horário eleitoral
Aridelmo Teixeira, Audifa Barcelos, Guerino Zanon, Carlos Manato e Renato Casagrande no horário eleitoral. Crédito: Fernando Madeira

Quem conseguiu continuar assistindo ao primeiro dia do horário eleitoral gratuito após a apresentação dos candidatos a deputado – muitos deles lendo como robôs, como sempre – pôde conferir os postulantes ao Palácio Anchieta nesta sexta-feira (26) na televisão.

Como o tempo à disposição de cada um é diferente, a depender da coligação partidária formada, uns tiveram mais espaço para falar aos eleitores que outros.

Renato Casagrande (PSB), com cerca de seis minutos de tela, começou se apresentando como cristão, numa provável resposta aos adversários, que têm aparecido volta e meia cercado por pastores nas redes sociais e apelando para as igrejas, o que o socialista, em menor proporção, também tem feito.

O governador, em busca da reeleição, falou da família e disse ter sido formado "dentro de uma tradição de valores cristãos" e mencionou que tem fé.

"Deus nos protege, nos orienta, mas exige de nós atitudes e está vigilante com as nossas ações", afirmou.

O ex-deputado federal Carlos Manato (PL) apareceu antes. Com menos tempo, exibiu apenas o jingle e disse que, no programa da noite, vai contar o motivo de querer ser "o governador de todos os capixabas". Talvez alguns não o tenham escutado, a música estava mais alta que a voz do candidato.

Mais uma vez, antecipando-se, Casagrande, por meio de depoimentos de populares e do locutor da propaganda, também se apresentou como uma espécie de governador de todos, mas sem usar essas palavras exatamente.

De acordo com a peça de propaganda, o governador não diferencia "quem tem de quem não tem, quem é de perto e quem é de longe, quem pensa de um jeito e quem pensa de outro" e os que votaram ou não votaram nele.

Frisou a marca do diálogo, presente ao menos desde o pleito de 2018 na campanha, o que foi ilustrado com vídeos do socialista conversando com a população, principalmente beneficiários de programas da gestão estadual.

O jingle também se fez presente, com frases como "ele é novo de cabeça" e "quem confia não inventa".

O ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PSD) começou com um texto, narrado por um locutor, em que o Espírito Santo o chama para governar.

"Estou pronto para a missão de cuidar do nosso estado como ele merece (...) devolver a esperança ao nosso povo", afirmou.

Aridelmo Teixeira (Novo) em escasso tempo, conseguiu dizer apenas prometer "creche em tempo integral e alimentação a todas as crianças do Espírito Santo".

Audifax Barcelos (Rede), por sua vez, apareceu na TV lembrando de 2016, quando ficou internado na UTI, com pneumonia. Com ar profético, disse que quem passa por uma experiência de quase morte acaba sendo transformado.

Com voz baixa e tranquila, rapidamente passou desse discurso para criticar o atual governo.

Atacou, principalmente, a área da segurança pública. Disse que "há oito anos", em referência aos dois mandatos, não consecutivos, de Casagrande, busca-se solução para o problema da insegurança e que "estamos no meio de uma guerra".

"O governo está pedindo mais quatro anos de tolerância, não dá mais, né?", provocou.

"Fui prefeito da Serra por 12 anos e garanto a você: dá para fazer melhor", exortou Audifax.

Capitão Vinicius Sousa (PRTB) e Claudio Paiva (PRTB) também são candidatos ao governo do Espírito Santo, mas, isolados em partidos nanicos, não têm direito a aparecer no horário eleitoral.

Atualização

26 de agosto de 2022 às 15:31

A coluna registrou, inicialmente, que Audifax criticou a gestão da segurança pública feita durante oito anos, em provável menção aos governos Casagrande e Hartung. Após a publicação do texto, no entanto, a assessoria do candidato entrou em contato para informar que o redista se referia aos dois mandatos não consecutivos de Casagrande. O texto foi atualizado.

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