Será feito, nos próximos dias (muito provavelmente no começo da semana que vem), o anúncio do pacote de ajuda do governo do Espírito Santo às empresas afetadas pelo tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos em cima das exportações brasileiras. Boa parte do agronegócio capixaba (o café principalmente) e um relevante pedaço da indústria de rochas estão entre os afetados. A ideia, em linhas gerais, é amplificar as medidas anunciadas, no dia 11 de agosto, pelo governo federal e liberar créditos de ICMS aos prejudicados. O cálculo final do tamanho do auxílio local ainda não está pronto (justamente por isso ainda não foi anunciado), mas deve ficar na casa dos R$ 100 milhões.
O governo do Estado já tem em mãos uma lista detalhada dos segmentos e empresas afetados pela determinação do presidente norte-americano, Donald Trump. Elas serão auxiliadas por meio de linhas de crédito subsidiadas (os governos federal e do Estado colocarão recursos próprios para garantirem juros mais baixos) que serão operadas pelo Bandes e com a liberação de créditos de ICMS (os exportadores são os que mais têm créditos acumulados, afinal, pagam o ICMS ao longo da cadeia, mas, como as vendas para fora do país são isentas, não conseguem fazer a compensação). O crédito de ICMS só será liberado para os afetados (setores como celulose, mineração, petróleo e parte da indústria de rochas foram excluídas do tarifaço, portanto, estão fora do pacote de ajuda).
A principal medida anunciada pelo governo federal é um financiamento de R$ 30 bilhões para os exportadores, entretanto, a operação não está regulamentada. O governo capixaba busca entender como ele funcionará para anunciar a contrapartida local.
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