Beto Abreu, CEO da Suzano, esteve em Aracruz, na última terça-feira (18), para a inauguração da fábrica de papel tissue (de higiene pessoal) da companhia. Durante o evento, o executivo, em seu discurso, falou sobre as oportunidades de negócio para Portocel. Pode parecer algo normal, mas não é. Inaugurado em 1978, o objetivo da terminal sempre foi escoar a produção de celulose. No início da década passada, com a Lei dos Portos, a coisa mudou, já que a legislação passou a permitir que portos privados movimentassem carga de terceiros. Portocel, que era apenas uma peça na engrenagem de uma companhia montada para exportar, virou um novo negócio. E é assim que Abreu está olhando para o ativo.
"Está no nosso radar diversificar Portocel. Com mais atividades, mais investimentos, mais píeres... Tudo isso está sendo observado, afinal, está no campo das novas oportunidades. Podemos olhar como um terminal só para celulose ou podemos olhar de outra maneira: um ativo de infraestrutura diversificada, pensado como um negócio, pensado para se expandir. E a nossa visão é de crescimento", disse o CEO, que se mostrou por dentro das oportunidades e desafios da região, que está dentro do Parklog, planejamento estratégico tocado pelo governo do Estado e pela iniciativa privada que visa desenvolver o potencial logístico do Norte capixaba.
"Vemos muitas oportunidades, do ponto de vista logístico, em Aracruz. Temos gargalos ferroviários que precisam ser resolvidos, mas há muito espaço de crescimento. Vejo Portocel compondo, de maneira relevante, a base da infraestrutura do Espírito Santo". Importante lembrar que Abreu tem larga experiência no setor, com passagens pela Raízen (distribuidora de combustíveis) e Rumo Logística.
Portocel, como dito, está operando outras cargas, caso de carros. O objetivo é dobrar de tamanho em dez anos. A Suzano é dona de 51% do terminal e a Cenibra (outra fábrica de celulose) tem 49%.
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