Em que pese o fato de o Brasil ter um dos juros mais altos do mundo, o mercado imobiliário do Espírito Santo segue resiliente. Na visão dos empresários, dois fatores importantes ajudam a explicar essa contradição: o bom momento do agronegócio capixaba (puxado principalmente pelo café conilon) e os compradores internacionais (o câmbio, apesar da recente desvalorização, ajuda).
A Argo, uma das mais relevantes incorporadoras do Estado, com forte atuação em Vila Velha, mantém uma clientela forte tanto no agro como na carteira internacional. "Um lançamento recente nosso mostrou bem esse momento que estamos vivendo: 30% dos compradores eram produtores rurais e outros 37% eram de fora do país. Vejo que os investidores estão um tanto quanto preocupados com todas essas turbulências internacionais, a política e com as mudanças econômicas e tecnológicas, diante disso, buscam os imóveis como investimento seguro", analisou Alessandro Torezani, sócio da Argo.
Para 2025, diante da demanda e apesar dos juros, a empresa prevê lançar empreendimentos que vão somar R$ 760 milhões em valor geral de vendas (VGV). "Os brasileiros que estão lá fora, principalmente nos Estados Unidos, aproveitaram muito esse período de dólar forte em relação ao real. O agronegócio, com os preços em alta e as boas safras de café, também veio muito forte. Criamos até um fluxo de pagamento alinhado com a safra do café. É um movimento interessante do mercado", finalizou o empresário.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.
