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Ferrovia interditada no ES: as centenas de milhões de reais que estão sobre a mesa

Indígenas, representantes da Vale, do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União, da Casa Civil e da Secretaria Estadual de Direitos Humanos se encontraram nesta quarta-feira

Vitória
Publicado em 12/11/2025 às 11h16
Ramal Piraqueaçu, da Estrada de Ferro Vitória-Minas, está fechado desde o dia 22 de outubro
Ramal Piraqueaçu, da Estrada de Ferro Vitória-Minas, está fechado desde o dia 22 de outubro. Crédito: A Gazeta

Indígenas, representantes da Vale, do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União, da Casa Civil e da Secretaria Estadual de Direitos Humanos se encontraram, na manhã desta quarta-feira (12), em um hotel de Aracruz, para um diálogo sobre as reivindicações que estão sendo feitas pelos povos Tupiniquim e Guarani em relação às indenizações a serem pagas pela Samarco por causa do desastre de Mariana, em novembro de 2015. Os indígenas, apesar do acordo celebrado há um ano, não estão satisfeitos e, desde 22 de outubro, fecham o ramal Piraqueaçu da Estrada de Ferro Vitória-Minas (uma concessão da Vale), que faz a conexão com Portocel. O prejuízo para as empresas que precisam movimentar suas cargas pela via para acessar o terminal já passa dos R$ 100 milhões.

O acordo da Samarco (Vale e BHP são as sócias das mineradora), assinado em outubro do ano passado, é da ordem de R$ 170 bilhões. As indenizações e reparações serão quitadas ao longo de 20 anos. Pelas contas das empresas e entidades, até o momento, já foram pagos aproximadamente R$ 850 milhões aos povos Tupiniquim e Guarani como parte da reparação. O repasse total das indenizações coletivas aos dos povos chegará a R$ 1,59 bilhão. A aplicação dos recursos será definida, até março de 2026, pelos próprios indígenas, por meio de consultas conduzidas pelo governo federal.

No dia 3 de novembro, os advogados da Vale, em juízo, prometeram "viabilizar o diálogo nesse período, comprometendo-se a informar a este Juízo, em até 15 dias, sobre o êxito ou não das negociações para desocupação voluntária da linha férrea".

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