Os últimos anos têm sido bastante interessantes para o mercado capixaba de café. O conilon, espécie que domina a produção do Espírito Santo, aproveitou as quebras de safra na Ásia, principalmente no Vietnã, para ganhar espaço no mercado internacional. O ano de 2024 foi o melhor da história para o complexo cafeeiro do Estado. Para 2025, a expectativa é de queda, já que o Vietnã voltou a colher dentro da normalidade, mas ainda assim será muito bom. Até outubro, de acordo com dados do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), a receita cambial já somava US$ 1,061 bilhão, o que representa 59% do total de 2024 e 29% acima do apurado em 2023.
Para 2026, na visão dos exportadores, as perspectivas são amplamente positivas por quatro fatores: a penetração conquistada pelo conilon no mercado internacional, boa safra, bons preços e a melhoria das condições logísticas do Espírito Santo. De acordo com o CCCV, as condições climáticas favoráveis e os investimentosdos produtores em mecanização e manejo das lavouras, impulsionados por bons preços nos últimos anos, devem resultar em uma boa colheita.
“A melhora significativa das condições da logística portuária capixaba, aliadas à expectativa de uma safra expressiva, devem impulsionar os embarques de café pelo Espírito Santo em 2026. No mês passado, o CCCV visitou importadores europeus junto com representantes da logística do ES, fortalecendo o relacionamento comercial e reafirmando o compromisso de escoar o maior volume possível de café para o exterior. Estamos otimistas”, explicou Fabrício Tristão, presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória.
Os exportadores, que em 2024 enfrentaram um nó logístico no Porto de Vitória, estão confiantes no aumento de eficiência que será entregue pela operação remota dos portêineres do Terminal Portuário de Vila Velha (TVV) e pelo aumento da área, em 65 mil metros quadrados, de operação do TVV, que é o único a operar contêineres no Espírito Santo.
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